Lula diz que não vai deixar decisão sobre caças para próximo presidente
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Presidente afirmou que decisão sobre caças não é questão comercial. Ele disse que não tem tocado no assunto porque a escolha depende dele.
Jeferson Ribeiro
Do G1, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (14) que a escolha dos caças não é uma questão comercial comum e que leva em conta outros fatores que o custo das aeronaves. Ele disse ainda que tem se mantido calado sobre essa questão porque é ele quem vai decidir no final.
“O único que ficou em silêncio até agora fui eu. E fiquei em silêncio porque sou eu que tenho o poder de decidir. E quem tem o poder de decidir tem mais responsabilidade, não fala o que quer, fala o que pode”, disse o presidente.
Lula afirmou ainda que conversou com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pediu que ele apresente um relatório sobre os três aviões que disputam a concorrência para atender a Força Aérea Brasileira (FAB): o sueco Gripen, o norte-americano F-18 Super Hornet e o francês Rafale, que tem a preferência política do governo.
“Quando esse relatório for apresentado pelo ministro Jobim a mim, tomarei a iniciativa de convocar o Conselho de Defesa, poderei tomar a iniciativa de fazer um debate no Congresso Nacional porque essa questão do caça não é uma questão comercial comum. Não é um acordo eminentemente econômico, que eu vou comprar um porque é mais barato ou vou comprar outro porque é isso”, argumentou Lula.
Segundo ele, a decisão envolve a soberania nacional e a soberania tecnológica da nação. “Obviamente que entra a questão do custo”, lembrou Lula.
Ele disse que não tem pressa para tomar a decisão, mas garantiu que não deixará essa questão para o próximo presidente. “O governo passado já deixou para mim. Quando eu entrei em 2003 eu tinha que tomar essa decisão. Acontece que eu tinha de escolher, ou combatia a fome ou comprava avião. Eu preferi combater a fome no País. Por isso eu não dei prioridade.
Segundo Lula o Brasil ganhou "novo perfil", onde há espaço para investimentos em tecnologia militar. "Agora queremos nos transformar em uma nação grande economicamente, em uma nação grande tecnologicamente e numa nação que tenha no âmbito da Defesa o próprio tamanho da nação brasileira”, explicou.
Fonte: PORTAL G-1, via NOTIMP