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Caças, Battisti e ameaças de demissões na volta das férias

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Depois de 10 dias de descanso na praia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou domingo em Brasília com uma série de desafios para enfrentar. A lista de problemas que Lula tem para resolver vai desde a decisão sobre a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti até as definições sobre a compra dos caças, as eventuais alterações no Programa Nacional de Direitos Humanos e ainda a liberação de recursos para os municípios atingidos pelas chuvas.

Em meio a tantos problemas, assessores de Lula afirmam que ele já definiu prioridades. A primeira é liberar dinheiro para as vítimas das chuvas. Em seguida o presidente deve resolver os impasses envolvendo o Programa Nacional de Direitos Humanos e a compra de 36 caças para a renovação da frota aérea nacional do programa FX-2.

Há controvérsia em torno da compra dos caças, uma vez que Lula seria simpatizante dos aviões franceses, enquanto os militares defenderiam os suecos. O relatório sobre as propostas foi concluído pelo Comando da Aeronáutica. O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, avisou que a decisão final será política e não apenas técnica. Lula decidirá sobre a compra dos aviões-caça em parceria com Jobim.

Já as divergências sobre rever pontos do Programa Nacional de Direitos Humanos, abrindo a possibilidade de punição a ex-torturadores, provocou a ameaça de renúncia coletiva do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e dos comandantes militares.

Até quarta-feira, Lula vai conversar com os governadores dos estados atingidos pelas chuvas. No dia 13, tem reunião agendada com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). A ideia de Lula é liberar mais recursos para a Baixada Fluminense e a região de Angra dos Reis, no Rio. De férias, o presidente conversou com Cabral e a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB). Por sua determinação, foi acelerado o apoio do Ministério da Integração Nacional aos dois estados.

Nos próximos dias, Lula quer reunir os ministros da área econômica. O objetivo é definir a ampliação de investimentos no país em 2010 uma espécie de segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento - o PAC 2.

Porém, antes, o governo deverá responder à ação movida pelo PSDB que questiona na Suprema Corte a medida provisória (MP) que abre créditos extraordinários de R$ 18,19 bilhões para diversos órgãos do governo federal. Para os tucanos, a iniciativa contraria o sentido do que vem a ser Mps - para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

Também nos próximos dias, Lula deve decidir sobre a extradição de Battisti. Antes de voltar a Brasília, o presidente disse que aguardava o envio dos autos do processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ativista teve a extradição aprovada pelo Supremo, mas cabe ao presidente a palavra final.

A exemplo do presidente da República alguns de seus assessores diretos tiraram alguns dias de descanso entre o final do ano passado e o começo de janeiro. O ritmo político em Brasília é retomado com a volta de Lula e de vários de seus ministros, uma vez que a Esplanada dos Ministérios em Brasília foi esvaziada pelo período de festas.

Desde o dia 30 até domingo, Lula estava de férias em companhia da primeira-dama, Marisa Letícia. O casal aproveitou parte do período de descanso ao lado dos dois filhos, das noras e dos netos. Lula e Marisa passaram por Fernando de Noronha (PE), depois seguiram para a Base Naval de Aratu (BA) e fecharam a temporada em São Paulo. Nos poucos momentos que conversou com a imprensa, Lula disse que estava otimista em relação a 2010.

Fonte: Jornal do Brasil, via NOTIMP





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