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Solenidade celebra 53 anos da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica

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Com mais de 70 obras de reforma de edificações aeroportuárias e vias públicas e 150 pavimentações de aeródromos nos mais diversos municípios do país, a Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA ) completou 53 anos como a maior construtora de aeródromos do Norte do Brasil. Uma cerimônia militar presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, reuniu, no dia 17 de dezembro, integrantes do alto comando e comandantes de unidades de todo o país.
Criada originalmente para construir, ampliar e pavimentar 56 pistas nas principais cidades da região amazônica, ao longo dos anos a COMARA ampliou sua missão e importância, sendo capaz, hoje, de empreender qualquer obra de engenharia aeronáutica em qualquer lugar do país. O papel foi e continua sendo decisivo no processo de integração nacional, apoiando comunidades indígenas e ribeirinhas e, principalmente, projetando o Estado brasileiro nos mais longínquos rincões para a defesa da pátria e da soberania do Brasil.

Nos últimos dois anos, a COMARA passou por um processo de modernização e valorização humana, que reformulou todas as suas instalações e processos produtivos. Com fortes investimentos em maquinário e softwares de última geração, foi reduzido o tempo de execução das obras e a necessidade de manter o elemento humano destacado. Seguindo a política estratégica de comando do Tenente-Brigadeiro Saito, todos os canteiros de obras da COMARA possuem alojamentos de alvenaria, com internet, telefone, TV a cabo, salão de jogos e despensa farta, para que o apoio humano seja efetivo e a vida no meio da selva a menos hostil possível.

A maior particularidade que faz da COMARA uma instituição ímpar, sem igual em todo o território nacional, é sua logística para construir em plena selva amazônica, vencendo o clima e distâncias continentais. A dificuldade no transporte de máquinas e materiais de construção, ausência de pedras na região, constantes chuvas com apenas três meses secos por ano, ideais para construir, e carência de mão-de-obra qualificada fizeram com que a COMARA tivesse que se adaptar adquirindo competências náuticas, construindo balsas e empurradores, e mineralógica, construindo pedreiras onde quer que a rocha se encontre.

Pelas vias fluviais, a Comissão transporta 22 mil toneladas de matéria-prima, mantimentos e equipamentos/ano, por meio de 14 balsas, oito empurradores, quatro balsas dragas, uma balsa combustível e dez balsas de transporte, que operam nos portos de Brucutu (Belém) e Piquiá (Manaus). Pelo ar, são consumidas cerca de 3 mil horas voadas nas aeronaves C-130, C-105 A, C-97, C-95, C-98 e H-60. Nas cidades de Monte Alegre (PA) e Moura (AM), a instituição possui duas pedreiras, que, juntas, tem capacidade de explorar, produzir e beneficiar 60 mil toneladas/ano de brita.

Atualmente, a COMARA está empreendendo 22 obras nos estados do Amazonas, Pará, Roraima, Acre e Rondônia nas cidades de Manaus (AM), Tiriós (PA), Surucucu (RR), Yauaretê (AM), Moura (AM), Tunuí Cachoeira (AM), Estirão do Equador (AM), Palmeira do Javari (AM), Eirunepé (AM), Santa Rosa dos Purus (AC), Porto Velho (RO), Vilhena (RO), Barcelos (AM), Maués (AM), Santa Isabel do Rio Negro (AM), Manicoré (AM), Lábrea (AM), São Paulo de Olivença (AM), Humaitá (AM), Borba (AM) e Fonte Boa (AM).

Na visita à Comissão, as autoridades puderam ver de perto o modus operandi da COMARA, conhecer seus equipamentos, verificar as obras de reforma da sede, a Divisão de Engenharia e o centro de Operações de Comando e Controle e a Sala de Guerra, recentemente criada para que todo o processo possa ser controlado e verificado em tempo real.

Para o Comandante da Aeronáutica, a atuação da COMARA foi essencial para que hoje se tenha a infraestrutura necessária para o Estado operar na região Amazônica. "Se não fosse o trabalho da Comissão, não teríamos nossos esquadrões vigiando as fronteiras e salvando vidas; o Exército não teria o apoio para os seus pelotões. A COMARA está de parabéns, pois eu sei que não é fácil trabalhar no meio da selva e tudo o que temos hoje é fruto da dedicação e empenho dos seus militares e civis. Com toda certeza, nos próximos 53 anos, a COMARA vai estar, fatalmente, muito mais moderna do que está hoje, embora desempenhando o mesmo apoio necessário para esta região tão carente", revelou.

Segundo o vice-presidente da Comissão, Coronel Aviador José Carlos Silva, "o que se faz hoje em dia na COMARA é dar continuidade a um trabalho magnífico desenvolvido pelos Brigadeiros Protásio, Camarão e Eduardo Gomes que preconizavam a utilização do avião militar não só para combater o inimigo externo, mas, também, o pior dos inimigos internos de um país, o subdesenvolvimento, levando cidadania e desenvolvimento para os povos amazônicos", concluiu.

Fonte: I COMAR








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