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Engenheiro ministra palestra sobre motor flex no CENIPA

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A apresentação do projeto Motor FlexO engenheiro Paulo Ewald ministrou palestra no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (CENIPA), no dia 24, sobre Motor Aeronáutico Flex, o projeto Motor a Etanol. "Em dezembro de 1985, depois de 520 horas de testes, a aeronave FAB 1904 decolou usando o álcool como combustível", explicou. No entanto, o projeto foi suspenso na época por causa da queda do preço do petróleo e devido à falta de álcool combustível em algumas regiões do País. A proposta é do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA)/ Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) de habilitar motores aeronáuticos bicombustíveis.

Ele explicou que, em 2004, o projeto foi retomado e, atualmente, o momento se mostra favorável ao uso do álcool, visto que o preço da Gasolina de Aviação está elevado, enquanto existe alta produção de álcool a custos menores e proliferação das conversões de motores.

Embora seja mais pesado que a gasolina, o etanol apresenta, para a operação de aeronaves, vantagens técnicas (melhor desempenho, maior vida do óleo lubrificante, menos estresse térmico do motor), ambientais (não possui chumbo em sua composição e é renovável), econômicas (é mais barato e permite maior prazo entre as revisões) e estratégicas (não depende de fatores externos e é produzido em quase todo o País).

O projeto pode ser concluído até o final de 2010, afirmou o engenheiro. Desde 2004, quando foi retomado, o projeto usa como plataforma de ensaio o T-25 (aeronave FAB 1835). O objetivo dos ensaios é desenvolver um sistema de gerenciamento eletrônico para motores aeronáuticos a pistão, que permite utilizarem gasolina de aviação, álcool combustível ou qualquer mistura dos dois. O parceiro tecnológico é a empresa Magneti Marelli e o parceiro operacional é o Clube do Voo CTA. O motor usado é Lycoming 0-360 – A1 e atual plataforma de ensaio: Aero Boero AB 180.

Segundo o palestrante, a perspectiva é desenvolver o sistema para aplicação em motores de 6 cilindros, e para aplicação nos motores da aviação aerodesportiva. O comando de potência e mistura de combustíveis será realizado em apenas um manete. A etapa prevista da pesquisa para 2009 é a injeção eletrônica com álcool. A expectativa é concluir os resultados do motor aeronáutico flex até o final de 2010.

Fonte: CENIPA








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