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Jobim quer ampliar área de lançamento de satélites

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu ontem a ampliação do Centro de Lançamento de Alcântara para áreas destinadas às comunidades quilombolas. Para ele, essa é uma questão estratégica e o Brasil corre risco de perder a oportunidade de tornar-se uma grande base para o lançamento de satélites.

"Não podemos ser ingênuos. Há outros países interessados em não deixar que o Brasil seja incluído no fechado círculo dos países lançadores de foguetes", afirmou Jobim.

De acordo com o ministro, que participou de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, a incorporação de outros 11.287 hectares ao Centro de Lançamento de Alcântara permitirá a instalação de até 15 bases para o lançamento de satélites.

Essa ampliação manteria uma área de 66.713 hectares para cerca de 1.800 remanescentes de quilombolas. Se a área permanecer com 8.713 hectares, garantindo maior extensão de terras aos quilombolas, o Alcântara ficará somente com três bases de lançamento de satélites.

"Não podemos perder a oportunidade de expansão, pois estaríamos jogando pela janela o melhor ponto do mundo para lançamento de foguetes", argumentou o ministro da Defesa. Para ampliar o centro, Jobim propôs a transferência de quilombolas para outras áreas na mesma região, garantindo benefícios no reassentamento.

Jobim fez uma defesa da Estratégia Nacional de Defesa, lançada em dezembro de 2008, que traça um roteiro para reorganizar as Forças Armadas. O governo trabalha em um conjunto de medidas expostas no plano. Segundo o ministro, já existe mais clareza de atribuições: a operação das ações fica por conta da área militar, mas a decisão é da alçada dos civis.

À saída da audiência, Jobim evitou críticas ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que sofre crescente pressão para renunciar ao cargo. "As soluções têm que visar ao interesse das instituições democráticas. Não adianta intervenção para este que é um problema antigo. Que se mudem as regras, mas não se podem debitar os problemas apenas a um personagem, tendo em vista as eleições de 2010", disse Jobim, que é filiado ao PMDB.

Fonte: O Estado de São Paulo





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