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FC-1 / JF-17: outro caça ching-ling

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Enquanto no Brasil está na moda falar de transferência de tecnologia e “queimar etapas”, a China vai mostrando como é que se faz: colocar a mão na massa, sem “reinventar a roda”.

O FC-1 (Fighter China-1) Xiaolong é resultado de um programa de desenvolvimento Sino-Paquistanês, que começou em 1999, cada lado contribuindo com 50% do custo total do desenvolvimento.

A Chengdu Aircraft Corporation (CAC) é a contratada principal, enquanto o Pakistani Aeronautical Complex (PAC) é o responsável pelo serviço pós-venda e pela manutenção. A aeronave foi projetada pelo Chengdu Aircraft Design Institute (611 Institute) e utiliza uma turbina a jato Klimov RD-93 russa, derivada da RD-33 do MiG-29.

A encomenda inicial para a Pakistani Air Force (PAF) de oito aeronaves, foi feita entre 2007 e 2008. Um segunda encomenda de US$ 800 milhões foi assinado em março de 2008, para o fornecimento de 42 caças.

A produção segue ao ritmo de 15 aeronaves por ano e deverá chegar a 30 logo. A PAF planeja adquirir cerca de 250 caças, ao custo de US$ 3 a 5 bilhões.

Vários outros países já demonstraram interesse pelo FC-1, mas a Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China (PLAAF) ainda não fez encomendas, preferindo investir no J-10 por enquanto.

Cada FC-1 sai por US$ 20 a 30 milhões, dependendo da configuração e quantidade.

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O Programa

O FC-1 tem sua origem no caça Super 7, uma evolução da versão chinesa do MiG-21, numa joint venture entre a Chengdu e a Grumman. A proposta incluia a remoção da entrada de ar do nariz, a inclusão de um nariz “duro”, entradas de ar laterais, bem como a instalação de aviônica ocidental.

O acordo de desenvolvimento foi assinado em 1986, mas foi cancelado em 1990, por causa do esfriamento das relações da China com o ocidente, bem como pelo aumento dos custos do projeto.

A Chengdu continuou o desenvolvimento do Super 7 sozinha e mudou o nome para FC-1. Em 1999, a China e o Paquistão assinaram o acordo de desenvolvimento e produção conjunto do FC-1 e contaram com a assistência técnica do Russian Mikoyan Aero-Science Production Group (MASPG.

O primeiro protótipo fez o roll out em 31 de março de 2003 e voou pela primeira vez em 25 de agosto. Três protótipos foram desenvolvidos, com os testes de voo terminando em 2005 e a entrada em produção em 2006.

A CAC e a CATIC estão oferecendo o FC-1 como uma alternativa barata para substituir o Northrop F-5 Tiger, Dassault Mirage III/5, Shenyang J-6, MiG-21/F-7 Fishbed e o Nanchang Q-5.

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Aviônica e armamento

fc-1-cockpitO JF-17 em serviço na PAF é equipado com um radar italiano multimodo Grifo S-7, pulso-doppler, com 25 modos de operação e capacidade “look-down, shoot-down”, bem como capacidades ar-solo. Alternativamente, o FC-1 pode ser equipado com outros radares, de acordo com o gosto do freguês: Thales RC400, GEC Marconi Blue Hawk, Phazotron Zemchug/Kopyo e o chinês KLJ-7.

A arquitetura aviônica é apoiada por dois computadores de missão baseados no padrão MIL-STD-1553B. O coração do sistema é um computador de missão de 32 bits para gerenciamento de voo.

Outros sistemas: navegação, empregando um sistema híbrido inercial/GPS, sistema de comunicação com data-link, guerra-eletrônica (RWR, alerta de míssil, chaff/flare), sistema IFF com alcance BVR, glass cockpit e HOTAS e casulos para designação de armas.

O FC-1 pode levar um canhão interno GSh-23 de 23mm ou GSh-30 de 30mm. O caça tem 7 pontos duros para armamentos, podendo levar até 3.700kg.

Tem capacidade BVR com mísseis PL-12/SD-10 de radar ativo, desenvolvidos pela China. Ele também pode empregar mísseis WVR AIM-9 ou similares ocidentais e os equivalentes chineses PL-7, PL-8 ou PL-9.

O FC-1 alcança a velocidade de Mach 1,8 em altitude e tem raio de ação de combate de 1.350km.

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