Crise na aviação revela declínio de investimento em TI
Click here for more news / Clique aqui para mais notícias
Segundo pesquisa feita em conjunto pela provedora de conteúdo Sita e a publicação Airline Business, os investimentos em Tecnologia da Informação (TI) pelas companhias aéreas vão alcançar o nível mais baixo da história este ano.
Os dados revelam que apenas 1,7% da receita das empresas será direcionada para operações envolvendo a área. Um dos motivos é a redução de custos em um cenário de US$ 10,4 bilhões de perdas registrados no ano passado, e uma previsão de mais US$ 9 bilhões este ano, segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata).
Cerca de 72% das aéreas que responderam à pesquisa pretendem negociar os contratos com os fornecedores de TI e 70% irão investir em soluções que reduzam os custos globais da companhia. A maior parte delas colocou em prática medidas como racionalização de fornecedores de TI, consolidação de infraestrutura e terceirização.
Segundo o presidente do board da Sita e Chief information officer (CIO) da British Airways, Paul Coby, “a queda no investimento em TI pelas companhias aéreas é uma resposta direta aos US$ 80 bilhões de receita da indústria que devem desaparecer devido à redução na demanda de passageiros”. O dirigente considera que este é momento de maior desafio da indústria de transporte aéreo. “Não devemos ficar surpresos pela sobrevivência ser o principal objetivo de muitas empresas. A maior parte dos investimentos em TI tem sido colocada em segundo plano. Nenhum dos envolvidos na gerência de empresas aéreas e aeroportos entende isso como uma necessidade absoluta nesse momento”, completou ele.
Pela primeira vez, 100% dos pesquisados disseram que vendem tickets on-line e que está claro que as empresas aéreas tornaram as vendas pela internet o canal de distribuição mais importante. Cerca de 60% das empresas têm capacidade de realizar check-in por meio da web e a expectativa é de que chegue a 92% nos próximos três anos.
O foco em tecnologias de auto-atendimento eficientes também se reflete no uso dos quiosques, com 74% de todas as companhias pesquisadas planejando aumentar o número desses pontos para realização de check-in ou de novas funcionalidades.
Participaram do estudo 116 empresas, sendo 11% classificadas como low cost, e 27% responsáveis pelo transporte de mais de 20 milhões de passageiros.