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Companhias aéreas brasileiras superam em Junho tendência de estagnação do tráfego

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As companhias aéreas brasileiras tiveram em Junho um crescimento médio do tráfego de passageiros (medido em RPK) de 7,5%, com aumentos em 9,4% nas rotas domésticas e de 2,6% nas internacionais, com o qual, no primeiro semestre, que engloba a época alta no Hemisfério Sul, estiveram 0,5% acima do período homólogo de 2008, com aumentos em 3,2% no doméstico e uma queda de 5,6% no internacional.

Dados publicados pela ANAC, autoridade aeronáutica brasileira, mostram que, porém, tanto os crescimentos em Junho como no semestre ficaram aquém dos aumentos de capacidade, levando a quedas de ocupação.

Em Junho a taxa de ocupação média foi de 65,45%, menos 1,89 pontos que um ano antes, com quedas de 1,46 pontos nos voos domésticos, para 65,44%, e de 3,01 pontos nos voos internacionais, para 65,47%.

No semestre, a taxa de ocupação média cai 3,64 pontos, para 64,11%, com quedas de 4,29 pontos, para 63,15%, nos voos domésticos e de 1,85 pontos, para 66,62%, nos internacionais.

Em Junho a capacidade colocada no mercado pelas transportadoras aéreas brasileiras tem uma aumento médio de 10,6% (+11,9% no doméstico e +7,3% no internacional) e no semestre o aumento de capacidade foi de 6,2%, pelo reforço no doméstico, em 10,2%, já que no internacional há uma redução de 3%.

A TAM, maior companhia aérea brasileira, reforçou em Junho a liderança, tendo representado 57,26% da capacidade e 58,82% do tráfego, quando um ano antes representava, respectivamente, 52,46% e 55,7%.

Esse reforço, porém, centrou-se nas ligações internacionais, onde a TAM atingiu 86% do tráfego total, mais 15,41 pontos que um ano antes (81,51% da capacidade total, mais 17,28 pontos que um ano antes), enquanto no doméstico teve uma queda de 1,26 pontos, para 47,9% (48,02% da capacidade, mais 0,66 pontos que um ano antes).

Estas tendências acentuaram-se no mês de Junho, no qual a quota de mercado da TAM, que está em processo de integração na Star Alliance e tem code-share com a TAP para vários destinos, foi de 56,11%, sensivelmente o mesmo nível do ano passado (55,53% em capacidade, mais 0,79 pontos que em 2008), embora tenha reforçado no internacional em 3,6 pontos, para 86,67% (83,07% da capacidade, mais 12,04 pontos que um ano antes), por ter perdido 3,82 pontos no doméstico, para 44,77% (45,31% da capacidade, menos 3,12 pontos que um ano antes).

Esta descida da quota de mercado da TAM no doméstico, que é o maior mercado das transportadoras aéreas brasileiras, tendo representado em Junho 72,9% da capacidade total, mais 0,83 pontos que um ano antes, e 72,9% do tráfego, mais 1,29 pontos que em 2008, está associada ao início de actividade da Azul, que em Junho atingiu 3,71% de quota de mercado em capacidade e 4,31 em tráfego, tendo atingido no conjunto do primeiro semestre 2,42% da capacidade e 2,81% do tráfego.

A TAM em Junho teve um aumento médio da procura de 0,83% face a um aumento de capacidade em 4,6y6%, que provocou um decréscimo da taxa de ocupação de 67,11% em 2008 para 64,66% este ano, e no semestre o crescimento médio da procura foi de 0,59% face a um aumento de capacidade em 11,77%, que levou a taxa de ocupação a descer de 69,99% para 62,99%.

A taxa de ocupação da Azul em Junho foi de 76,06% e no semestre ficou em 73,15%.

O ganho de quota de mercado pela Azul também está associado ao decréscimo da GOL/VRG, segunda maior companhia aérea brasileira, que no semestre baixou de 41,22% para 40,66% do tráfego (45,59% para 44,11% em capacidade), embora em Junho tenha subido, de 42,07% para 42,19% (45,7% para 45,81% em capacidade).

No entanto, para o conjunto do tráfego (doméstico e internacional), a GOL/VRG tem no semestre um decréscimo da quota de mercado de 6,22 pontos, para 32,98% (-7,11 pontos em capacidade, para 34,92%), e em Junho baixa 5,42 pontos, para 34,35% (-5,72 pontos em capacidade, para 35,24%).

A GOL/VRG teve uma queda média do tráfego de passageiros de 15,4% no primeiro semestre, face a uma redução de capacidade em 11,7%, com a qual a taxa de ocupação baixa 2,65 pontos, para 60,55%.

Em Junho, a queda média do tráfego da GOL/VRG é de 7,1%, face a uma redução de capacidade em 3,5%, que provoca um decréscimo da taxa de ocupação em 1,58 pontos, para 63,78%.

O decréscimo da GOL/VRG ocorre principalmente pela evolução nas rotas internacionais, que em Junho tiveram uma queda da procura de 44,62% com uma descida da taxa de ocupação de 6,95 pontos, para 51,37%, e no semestre registam uma queda média de 53,35%, com uma descida da taxa de ocupação de 6,57 pontos, para 50,24%.

Os dados da ANAC indicam ainda que também a Webjet aumentou no primeiro semestre a sua participação no tráfego doméstico, em 2,35 pontos, para 4%, por um aumento médio da procura em 150,76%, tendo em Junho um aumento da quota de mercado de 2,12 pontos, para 4,23%, com um aumento da procura em 118,91%.

A Webjet, que opera nos voos domésticos, teve no semestre um decréscimo da taxa de ocupação de 0,6 pontos, para 65,24%, mas em Junho teve uma melhoria de 0,56 pontos, para 64,74%.






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