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Boeing reforça laços comerciais com Brasil

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Além de favoritismo junto à FAB, companhia tem 28 projetos
com 25 parceiros no país

Gabriel Costa

A participação do caça F-18 Super Hornet, da Boeing, na fase final do programa F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB) – que visa a selecionar o novo caça brasileiro e renovar a frota do país–, abre as portas para parcerias de longo prazo da fabricante de aviões americana com a FAB, a indústria e o governo brasileiros, disse ontem Robert Gower, vice-presidente da divisão de sistemas de defesa integrados da Boeing.

O Super Hornet foi um dos três modelos pré-selecionados pela FAB em outubro de 2008 para avaliação durante a fase de Requerimento de Proposta (RFP, na sigla em inglês) do programa F-X2. O Brasil estabeleceu um pedido de 36 aeronaves dos três finalistas – o jato multitarefa da Boeing, o francês Dassault Rafale e o sueco Saab Gripen NG, para a substituição gradual dos atuais caças Mirage 2000, F-5M e A-1M.

– Nós estamos muito animados, pois temos tido um nível sem precedentes de apoio do governo americano. Toda a tecnologia que precisávamos para efetuar a venda já foi aprovada – disse Gower ao Jornal do Brasil. – A nossa proposta inclui trabalhar com a indústria, e já definimos 28 projetos com 25 parceiros brasileiros.

Segundo o executivo da Boeing, que serviu na Marinha dos EUA até 1988, esses projetos devem representar uma movimentação de recursos de pelo menos US$ 1,5 bilhão em tecnologia e fusões, com a geração de cerca de 5 mil empregos no Brasil.

Crise e demanda

Embora a FAB não tenha divulgado os números oficiais, estima-se que o valor da compra das 36 aeronaves para o projeto FX-2 chegue aos US$ 2 bilhões. A Boeing e a Marinha americana entregaram no dia 2 de fevereiro a oferta do Super Hornet à FAB.

– Nosso objetivo é realmente ajudar a abrir o mercado de defesa dos EUA, o maior do mundo, para companhias brasileiras – afirma Gower, que aproveita para lembrar que o setor americano é pelo menos 10 vezes maior que da França, que fabrica um dos concorrentes do Super Hornet no programa da FAB.

A crise financeira global fez com que clientes do setor de defesa reduzissem o número de unidades em nos pedidos, adiassem negócios e buscassem mais apoio e financiamentos, diz Gower. O executivo destaca, no entanto, que o segmento ainda deve manter-se "bastante forte" pela natural defasagem de equipamentos militares, que leva à necessidade de constante renovação.

– Nós vemos que há uma demanda significativa por produtos de defesa. No setor de caças, especificamente, não vemos esse tipo de interesse desde o fim dos anos 1960 – diz.

O F-18 Super Hornet é o caça multi-funcional provado em combate mais avançado em produção no mundo atualmente. O jato agrega tecnologias avançadas e alta disponibilidade operacional com custos totais de vida baixos e a possibilidade de transferência de tecnologia.





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