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Irã inicia produção nacional em série de mísseis

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colaboração para a Folha Online

O Irã iniciou neste sábado a primeira cadeia nacional de produção em série de sistemas de mísseis supersônicos terra-ar, anunciou o ministro da Defesa iraniano, general-de-brigada Mustafa Mohamad Najjar. A fábrica foi criada para desenvolver sistemas inteligentes para mísseis do tipo Shahin, capazes de alcançar alvos a mais de 40 km de distância, acrescentou.

"O projeto é totalmente nacional. Tanto a produção dos mísseis, quanto os interceptores, o hardware e o software foram criados por especialistas iranianos", explicou Najjar, citado pela imprensa local.

O novo avanço militar iraniano é divulgado uma semana depois de o próprio Najjar ter anunciado que a Marinha de seu país tinha recebido novos canhões antiaéreos de 40 milímetros também de fabricação totalmente nacional.

Desde a década de 80, o Irã sofre um estrito embargo militar que, no entanto, não impediu o país de desenvolver uma importante indústria bélica nacional a partir de 1992.

No final de abril, o governo iraniano disse ter testado com sucesso o lançamento de um míssil de longo alcance Sejjil 3, mais potente e preciso, capaz de alcançar alvos a mais de 2.000 km de distância.

Ameaça atômica

Nesta sexta-feira (5), Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU (Organização das Nações Unidas), criticou a falta de cooperação do Irã em relação ao seu programa atômico.

A república islâmica assegura que seus esforços nucleares têm apenas objetivos pacíficos como a geração de energia elétrica. Já os Estados Unidos afirma, com base em uma série de documentos, que o Irã pretende desenvolver a bomba atômica.

Atualmente, os inspetores da AIEA contabilizaram mais de 7.200 centrífugas de gás, das quais quase 5 mil já produzem urânio enriquecido. No último relatório do mês de fevereiro, o número de centrífugas era de cerca de 5.500 unidades, com quase 4 mil em pleno funcionamento.

Segundo David Albright, especialista do Instituto para Ciência e Segurança Internacional, o Irã tem a quantidade necessária de urânio para produzir uma bomba atômica.

Mas, para a criação dessa bomba, seria necessária a diminuição do material para que ele coubesse em uma ogiva. Conforme o especialista, apenas a reconfiguração da rede de centrífugas poderia proporcionar essa diminuição --algo ainda não detectado pelos agentes da AIEA.

O Conselho de Segurança da ONU e o Conselho de Governadores da AIEA exigem há anos que o Irã suspenda todas suas atividades relacionadas com o enriquecimento de urânio como uma medida de confiança, algo que o país rejeita.

Além dos EUA, a União Europeia teme que Teerã queira possuir essa tecnologia para poder construir no futuro armas nucleares. Por isso, a AIEA investiga há mais de seis anos a natureza do programa nuclear iraniano.

Com Efe e Reuters





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