Air France 447 - França mantém silêncio sobre investigação do acidente com o voo AF 447
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da Efe
Quatro dias após desaparecer sobre o oceano Atlântico, continuam não esclarecidas as causas do acidente com o avião da Air France que fazia a rota entre Rio de Janeiro e Paris, no qual viajavam 228 pessoas.
Alguns especialistas estimam que os destroços encontrados pela FAB (Força Aérea Brasileira) oferecem a prova de que o avião caiu no mar, outros, no entanto, apostam que o aparelho explodiu no ar.
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Em meio às dúvidas, os responsáveis pela investigação na França mantêm silêncio sobre as mais recentes averiguações. Na falta de explicações oficiais, a imprensa francesa, e também a brasileira, oferece detalhes extraoficiais do que pode ter acontecido.
A única informação concreta que se sabe e que foi reiterada hoje pelo presidente da companhia Air France, Jean-Cyril Spinetta, é que é está descartada a existência de sobreviventes do voo AF 447, porque o aparelho se desintegrou.
O porta-voz das famílias, Guillaume de Saint-Marc, disse que Spinetta e outros diretores da companhia aérea informaram a parentes dos passageiros e tripulação que "o avião não conseguiu amarar (pousar no mar) e que se desintegrou, seja no ar ou em contato com o mar".
A grande extensão da área do Atlântico onde foram detectados alguns destroços do aparelho leva a crer que pode ter ocorrido uma explosão no ar, segundo a versão divulgada pelo jornal "Le Figaro", que citou em sua edição desta quinta-feira fontes da investigação não identificadas.
"É possível observar fragmentos ao longo de uma distância de mais de 300 km", segundo a fonte do jornal francês, que acrescenta que isso "apoia (a teoria) de uma explosão, que teria afetado a aeronave em pleno voo, mais do que a de uma destruição ao entrar em contato com o mar".
O jornal acrescenta que, se tivesse ocorrido uma explosão a cerca de 10.000 metros de altura, isso se explicaria tanto por causa de um fenômeno meteorológico "excepcionalmente violento" quanto por uma "brusca despressurização" ou um "atentado terrorista".
O jornal "Le Monde" afirmou que o Airbus-A330 desaparecido voava a uma velocidade "equivocada", acrescentando que, pelo "encadeamento de eventos catastróficos", aconteceu a desintegração do aparelho em pleno voo.
O jornal tira estas conclusões das mensagens que o avião enviou automaticamente antes de se perder o contato com o aparelho.
O Escritório de Pesquisas e Análises (BEA, em francês) não publicou novas informações em relação às circunstâncias nas quais o avião desapareceu, depois que ontem seus representantes advertiram que será difícil encontrar as caixas-pretas.
No entanto, precisou também que, mesmo se esses dispositivos de registro de operações de voo fossem encontrados, não estaria garantida a possibilidade de que determinassem o que aconteceu.
O BEA, que pretende publicar um primeiro relatório no final do mês, é responsável pela "investigação de segurança", destinada a evitar que alguma falha ou algum problema possa se repetir no futuro, já que a aeronave tinha registro francês e caiu em águas internacionais do Atlântico.
Divulgação | ||
Imagem divulgada pela Aeronáutica em local de buscas ao Airbus mostra mancha de óleo no Atlântico |