Air France 447 - Equipamento da Marinha dos EUA vai rastrear caixas-pretas do Airbus A-330
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colaboração para a Folha Online
Um navio holandês carregando um equipamento de alta tecnologia da Marinha americana foi enviado para rastrear o fundo do oceano Atlântico neste domingo, em busca dos gravadores de dados e voz do Aibus A-330 que caiu no mar com 228 pessoas a bordo.
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O equipamento, chamado de Towed Pinger Locator (Localizador Sonar Rebocado), tentará detectar sinais emitidos pelas caixas-pretas do vôo 447, que podem estar milhares metros de abaixo da superfície do oceano.
Sem as caixas-pretas pode ser impossível saber o que causou a queda do Airbus a centenas de quilômetros da costa brasileira no último dia 31 de maio.
O dispositivo localizador é capaz de pesquisar até uma profundidade de 6.100 metros. O primeiro dos dois equipamentos foi rebocado neste domingo por um navio holandês contratado pela França, informou o coronel da Força Aérea Americana Willie Berges, comandante das forças militares americanas de apoio à pesquisa operação.
Berges disse que o localizador iria começar a funcionar assim que os pesquisadores tivessem certeza de que ele não iria interferir com um submarino nuclear francês que já está procurando as caixas-pretas.
Outro navio holandês transportando um segundo dispositivo de escuta deve chegar ao local provável do acidente na manhã desta segunda-feira, disse o militar americano.
Os navios vão rebocar os equipamentos seguindo uma divisão quadriculada da região, enquanto uma equipe de dez pessoas vai acompanhar o aparecimento de sinais em telas de computador.
A busca inclui algumas das áreas de maior profundidade do Atlântico --e em mais cerca de duas semanas, os sinais das caixas-pretas vão começar a ficar mais fracos.
Em Paris, o chefe da companhia proprietária da fabricante do Airbus afirmou que provavelmente houve mais de um motivo para o acidente.
"Neste tipo de acidente, não existe uma [só] causa", disse o presidente da EADS (Empresa Européia de Aeronáutica e Defesa), Louis Gallois, em comentários divulgados neste domingo. "É a convergência de diferentes causas, criando um acidente."
"É essencial para que todos saibam o que aconteceu e nós sabemos que não é fácil. Espero que possamos encontrar a caixa-preta", afirmou o executivo.
Até agora, os investigadores concentram-se na possibilidade de que sensores externos de velocidade, chamados de Pitot, tenham congelado durante o voo, fornecendo dados falsos aos computadores.
Corpos
Neste domingo, os militares brasileiros informaram que três dos seis corpos retirados do oceano pela Marinha francesa foram transferidos para uma embarcação brasileira. Todos deveriam ser entregues para a Marinha do Brasil.
Com isso, sobe para 49 o número de corpos resgatados do Atlântico --o número, porém, passa a ser considerado oficial quando todos os corpos estiveram na embarcação da Marinha.
Mais cedo, os militares corrigiram a informação e confirmaram que 43 e não 44 corpos foram transportados para identificação em Recife (PE). Para evitar confusões, os militares decidiram passar a adotar o termo "despojo mortal", e não mais "corpo", para contabilizar o que for encontrado no oceano.
Buscas
Segundo os militares, embora as condições meteorológicas não fossem as ideais, os trabalhos de busca foram realizados com aeronaves e navios hoje. No entanto, nenhum corpo foi resgatado e nenhum destroço, avistado.
As buscas prosseguem e podem ter prazo estendido caso sejam localizados mais corpos.
Na tarde deste domingo, o centro de operações de buscas recebeu a visita do embaixador francês Pierre-Jean Vandoorne.
Destroços
Os destroços do Airbus que estavam em uma embarcação da Marinha brasileira chegaram a Recife por volta das 10h deste domingo, segundo a Aeronáutica.
As peças serão entregues a autoridades francesas, responsáveis pela investigação do acidente.
Com Associated Press
