Air France 447 - Empresa francesa tem sistema de boias que pode achar caixa-preta de Airbus
Colaboração para a Folha Online
A empresa francesa Acsa, especializada em acústica submarina, foi acionada pelo BEA (Escritório de Investigação e Análise francês) e pela Marinha francesa para, a qualquer momento, ir ao local do acidente do voo 447, que caiu no Atlântico após decolar do Rio em direção a Paris. A informação é do jornal francês "La Provence".
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A empresa, baseada na cidade de Meyreuil, na região da Provença, desenvolveu um sistema que permite localizar com precisão caixas-pretas de aeronaves perdidas no mar.
O sistema da Acsa consiste em boias que ficam semi-imersas e captam os sinais sonoros emitidos pela caixa-preta. A partir então de um sistema de posicionamento por satélite (GPS), é possível situar, por triangulação, a origem exata do sinal.
Segundo ainda o "La Provençal" as boias são facilmente transportáveis por avião e demorariam de 7 a 8 horas para chegar às Ilhas do Cabo Verde, para então serem levadas de navio ao local do acidente.
As caixas-pretas guardam as informações sobre o voo e a comunicação entre pilotos e são a principal fonte de investigação em acidentes aéreos. Além disso, elas são programadas para emitir sinais sonoros a cada segundo, durante pelo menos 30 dias após o acidente.
As boias da Acsa já foram utilizadas para achar --a mil metros de profundidade- a caixa-preta do Boeing 737, da Flash Airlines, que caiu no mar após sair de Sharm-el-Sheikh, no Egito, em janeiro de 2004.
As boias podem trabalhar com profundidades de até 3.000 metros.
No entanto, o local onde possivelmente caíram as duas caixas-pretas do voo 447 da Air France podem estar a 4.000 metros de profundidade.
O avião transportava 228 pessoas --sendo 216 passageiros e 12 tripulantes. Entre os ocupantes estão 58 brasileiros, segundo a companhia aérea.