Nasa consegue fazer o pouso da Atlantis com segurança na Califórnia
Base Aérea Edwards, Califórnia - A nave espacial americana Atlantis completou uma missão prolongada de 13 dias para restaurar o Telescópio Espacial Hubble neste domingo com uma aterrissagem perfeita na base de Edwards, da Força Aérea na Califórnia. A aterrissagem sob um claro e azul céu aconteceu às 12h39 (horário de Brasília) após o mau tempo adiar por dois dias tentativas de aterrissagem no Centro Espacial do Kennedy, Flórida.
- Bem-vindo de volta, Atlantis, parabéns por uma missão muito bem-sucedida dando ao Hubble um novo par de olhos que vão continuar expandido nosso conhecimento do universo - disse o astronauta Greg Johnson, do Controle de Missão em Houston.
- Foi uma emoção do começo ao fim - respondeu o comandante do Atlantis, Scott Altman. Os astronautas do Atlantis foram a quinta tripulação a trabalhar no telescópio Hubble, lançado em 1990.
A aterrissagem na Califórnia vai gerar um gasto de US$1 milhão a mais para a Nasa. A agência vai levar ainda mais duas semanas para preparar e transportar a espaçonave de volta à Flórida para o seu próximo lançamento. A Nasa está tentando completar oito vôos com o ônibus espacial antes de sua frota ser aposentada no fim de 2010. No próximo ano, toda a frota de naves espaciais dos EUA será renovada.
Enquanto a Nasa se concentrava no pouso da Atlantis neste sábado, a Casa Branca anunciava que o presidente Barack Obama indicaria Charles Bolden, de 62 anos, quatro vezes astronauta de ônibus espacial e major-geral aposentado dos Fuzileiros Navais, como novo administrador da agência espacial.
Missão foi um sucesso. Hubble pode funcionar por até mais dez anosA tripulação do Atlantis equipou o Hubble com uma câmera ainda mais sensível que poderia ser capaz de captar imagens de objetos formados há 500 milhões de anos após o surgimento do universo.
Eles também instalaram um aparelho que analiza a composição química da matéria entre as galáxias, repararam dois equipamentos quebrados e substituíram instrumentos de posicionamento e baterias.
A agência espacial dos EUA espera que com as reformas, o Hubble terá mais cinco a 10 anos para realizar observações científicas.
Uma primeira missão de manutenção em 1993 para resolver um problema com o espelho principal do telescópio deu ao Hubble uma visão sem precedentes do universo. Suas observações provaram a evidência de galáxias formadas muito antes do que cientistas poderiam imaginar e a existência de buracos negros no centro da maioria das galáxias.