Europa - Londres-Gatwick, Paris, Milão e Madrid são as principais apostas da easyJet
A estratégia da low cost easyJet assenta no reforço das suas posições no aeroporto londrino de Gatwick, em Paris, Milão e Madrid, nos quais entre 2006 e 2009 aumentou em cinco milhões de lugares a sua capacidade de transporte aéreo, enquanto nas restantes 15 bases fez uma redução de meio milhão.
O CEO da companhia, Andy Harrison, ao apresentar ontem os resultados do primeiro semestre 2008/2009 (1 de Outubro a 31 de Março) destacou que a aposta da easyJet é ter posições de liderança nas cem rotas intra-europeias mais importantes, bem como ser das primeiras opções nos aeroportos que são atractivos para clientes sensíveis às questões de tempo (diferenciando-se, assim, nomeadamente da Ryanair, que privilegia aeroportos secundários por terem menores custos).
Actualmente com 172 aviões e 385 rotas entre 110 aeroportos, a easyJet sublinha que nos últimos meses encerrou 26 linhas que tinham pior desempenho e abriu 31.
Um dos destaques da apresentação ontem da easyJet foi para o seu desenvolvimento no aeroporto de Milão – Malpensa, onde actualmente já conta com 14 aviões que operam voos para 20 destinos.
“A easyJet duplicou a sua presença em rotas domésticas em Itália no último ano e está a aumentar a sua rede em Roma”, indica a low cost.
Em relação a França, a easyJet indica que já conta com 13 aviões neste mercado, e quanto a Espanha refere que tem reforçado a sua posição à medida que a concorrência tem retirado capacidade.
A low cost faz ainda uma referência à sua presença na Suíça, onde conta com bases em Basileia e Genebra e que classifica como um “mercado importante”.
Para o semestre em curso, que inclui a época alta do Verão, a informação da easyJet diz que a sua previsão é que a oferta de transporte aéreo de passageiros caia 6%, mas que pela sua parte vai aumentar o número de lugares disponíveis em 2%, embora também admita que é cedo para avaliar que impacto poderá ter a eclosão da “nova gripe” e alerte que a conjuntura no Reino Unido é incerta, pelo aumento do desemprego e a desvalorização da libra.
A low cost diz também que apesar da “conjuntura difícil” as reservas para o segundo semestre “estão globalmente em linha” com o que se verificava na época homóloga de 2008, situando-se em 40% da capacidade disponível para o Verão com preços (excluindo efeitos cambiais) similares aos do ano passado.
Ainda para o Verão, a easyJet indicou que acrescentou 37 rotas, destacando que tem mais nove para países fora da zona Euro, que em Gatwick reforçou com mais oito, passando a oferecer 72 destinos, que tem uma “grande expansão” na Croácia, com mais seis rotas em Dubrovnik, em Itália acrescentou sete, e que vai desenvolver a experiência da GB, acrescentando nove rotas para Grécia, Turquia e Chipre.
Quanto a frota, e apesar das críticas do seu fundador, Stelios Haji-Ioannou, a easyJet indicou manter o plano de aumentar de 172 para 194 aviões em 2011, pela recepção de 68 novos aparelhos e a devolução aos lessors de 37 e a venda de outros dez.
Outro dos aspectos a que a easyJet faz referência na apresentação do desempenho no primeiro semestre de 2008/2009 é que a sua oferta passou a estar disponível através dos GDS (sistemas de reservas globais), e indica que já obtém 10% das reservas de passageiros de negócios através deste canal, que as low cost anteriormente rejeitavam, vendendo exclusivamente pela internet.
A easyJet não especifica qual o peso do canal GDS no conjunto do tráfego total, mas indica que nessas reservas tem mais cerca 20% de receita por lugar que a sua média.