EUA prendem quatro suspeitos de planejar atentados em NY
Autoridades dos Estados Unidos anunciaram, na noite desta quarta-feira, a prisão de quatro homens suspeitos de planejar atentados contra uma sinagoga em Nova York e contra aeronaves militares em uma base aérea nas proximidades.
De acordo com um comunicado divulgado pela promotoria de Nova York, os suspeitos estariam planejando detonar explosivos em uma sinagoga do Bronx e lançar mísseis terra-ar modelo Stinger contra aeronaves militares em uma base aérea na cidade de Newburgh, que fica a cerca de 60 km ao norte de Nova York.
Os quatro suspeitos devem comparecer diante de um tribunal da cidade de White Plains nesta quinta-feira.
Eles são acusados de conspiração para o uso de armas de destruição em massa em território americano e de conspiração para adquirir e usar mísseis antiaéreos.
Caso condenados, segundo a promotoria de Nova York, eles podem pegar penas que vão de 25 anos de detenção à prisão perpétua.
Os suspeitos foram identificados como sendo James Cromitie, David Williams, Onta Williams e Laguerre Payen.
De acordo com o jornal The New York Times, três deles seriam cidadãos americanos e o outro haitiano. Todos eles residem nos EUA.
Investigação
Segundo as autoridades americanas, as investigações contra os suspeitos começaram em junho de 2008.
Um informante do FBI se encontrou com James Cromitie afirmando pertencer a uma organização terrorista.
Na ocasião, o suspeito teria expressado interesse em fazer parte da organização para "fazer a jihad", e se disse triste com o fato de muitos muçulmanos estarem sendo mortos no Afeganistão e Paquistão por forças americanas.
Munido de equipamentos de áudio e uma câmera escondida, o informante do FBI manteve outros encontros com os suspeitos, que manifestaram interesse em promover ataques contra alvos em Nova York, incluindo a sinagoga e a base aérea.
De acordo com as autoridades, os suspeitos chegaram inclusive a fazer fotos de seus alvos para planejar os atentados.
Eles foram presos ao comprar mísseis e explosivos falsos do informante do FBI.
"Os acusados queriam empreender ataques terroristas. Eles selecionaram os alvos e buscaram as armas necessárias para colocar seu plano em prática", afirmou Lev L. Dassin, procurador federal em exercício para o Distrito Sul de Nova York.
"Embora as armas fornecidas pelo informante fossem falsas, os réus achavam que elas eram reais".
"Eles queriam atacar aviões militares com mísseis terra-ar e destruir uma sinagoga e um centro da comunidade judaica usando explosivos plásticos", disse o procurador.