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Brasil - Urubu colide com asa de aeronave da empresa Webjet na Bahia


Um urubu colidiu com a asa da aeronave 6740 da empresa Webjet, que vinha de Guarulhos (SP) para o Aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães, em Salvador. O acidente aconteceu por volta das 12h da manhã desta quinta-feira, no momento do pouso. De acordo a assessoria de comunicação da Infraero, o animal bateu em uma das asas da aeronave, mas afetou apenas o revestimento da asa do avião. Após desembarque a tripulação e os passageiros, a aeronave seguiu para a manutenção.

Em 2008, foram registradas 219 ocorrências de colisões entre aeronaves e pássaros no espaço aéreo circunvizinho aos aeroportos da rede Infraero. Os aeroportos realizam rotineiramente ações internas para identificar e capturar animais na área de movimento, segundo a estatal. Segundo a Infraero, a presença desses tipos de aves, chamados de "perigo aviário", é uma preocupação nacional, devido aos aeroportos serem instalados em área verdes, o que acaba atraindo o animal.

Para se prevenir, a empresa faz reuniões periódicas que envolvem órgãos de prefeituras e da aeronáutica, para discutir a melhor forma de diminuir o aparecimento das aves. Uma delas é a disponibilização de uma equipe do corpo de bombeiros preparada para afugentar as aves com o lançamento de rojões e foguetes, além de inspecionarem a área para ver se não tem cadáveres de animais.

"O aeroportos, no entanto, sofrem forte influência dos seus entornos. Apesar de existirem legislações regulatórias, nas áreas circunvizinhas é grande a ocorrência de focos de atração de aves, como lixões, matadouros, fábricas de alimentos etc", diz a nota publicada pela Infraero logo após o acidente. Segundo a empresa, há o crescimento desordenado das populações de aves nos arredores dos aeroportos devido às invasões, aos desmatamentos, às monoculturas, às utilizações de herbicidas e inseticidas em plantações, e outros fatores que forçam as aves a buscarem áreas preservadas, como os sítios aeroportuários.

Ainda, segundo a Infraero, ações vem sendo realizadas em conjunto com Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), Comandos Aéreos regionais, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), órgãos ambientais estaduais e municipais, universidades, comunidade aeroportuária, associação de moradores e escolas para combater o problema.

A Infraero informou que, no ano passado, contratou mais sete biólogos para desenvolverem ações na sua rede de aeroportos. A prevenção às colisões de aves com aeronaves é feita com quatro falcões de coleira, um gavião de penacho e um gavião bicolor, oriundos dos centros de triagem do Ibama e de criadouros. Treinados, caçam aves que podem entrar nas turbinas dos aviões, diminuindo, assim, o perigo aviário.





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