Brasil - Tam e Gol têm grau de investimento rebaixados
A agência de classificação Fitch Ratings rebaixou ontem (segunda, dia 4) os ratings da Tam (TAMM4) e da Gol (GOLL4), que determinam o grau de investimento de uma companhia, destacando um período difícil para empresas do setor. As perspectivas para as notas de crédito de ambas são negativas.
Entre as notas alteradas da Tam, a de Probabilidade de Inadimplência do Emissor de longo prazo em moeda local e Estrangeira passou de "BB" para "BB-", e o rating de longo prazo em escala nacional, foi de "A+ (bra)" para "A- (bra)". Já a nota de Probabilidade de Inadimplência do Emissor de longo prazo em moeda local e Estrangeira da Gol passou de "BB" para "B+", e o rating de longo prazo em escala nacional, foi de "A+ (bra)" para "BBB (bra)".
Para a Fitch, o rebaixamento dos ratings da Tam se baseia na deterioração do perfil de crédito da companhia, resultado da combinação de aumento de alavancagem e da maior utilização da posição de liquidez para financiar os negócios. Com relação aos ativos da Gol, segundo a agência, o rebaixamento também reflete a deterioração do perfil de crédito da companhia, como resultado da acentuada desvalorização do real e da desaceleração da demanda no setor de transporte aéreo no Brasil.
Para a Fitch, o desafio da Tam em 2009 será gerenciar a queda de demanda com o acirramento da competição. “A companhia também terá que gerar fluxo de caixa suficiente para suportar o impacto negativo com os desembolsos de capital extraordinários para a liquidação dos contratos de hedge (proteção) de combustível sem deteriorar de forma relevante sua posição de liquidez”, acrescenta a agência.
Com relação a Gol, a Fitch colocou os papéis sob observação negativa, pois a agência espera que a empresa enfrente desafios durante 2009, em decorrência de menor demanda e maior capacidade da indústria. “A combinação destes dois fatores deve intensificar a competição e limitar a capacidade da companhia de continuar incrementando yields (rendimentos) e, consequentemente, melhorar as margens”, diz a agência.
