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Brasil - MPF arquiva inquérito sobre queda de avião em estacionamento de shopping em Goiânia


GOIÂNIA e SÃO PAULO - O Ministério Público Federal (MPF) arquivou o inquérito policial sobre a queda proposital de uma aeronave pilotada por Kleber Barbosa da Silva, de 31 anos, no estacionamento de um shopping em Goiânia, no dia 12 de março. Segundo a Procuradoria da República em Goiás, não há como aplicar a punição prevista em lei, já que o principal envolvido no caso está morto. Além de Silva, a filha dele, Penélope Barbosa Correia, de 5 anos, também morreu no acidente.

No inquérito policial, Silva era enquadrado por exposição ao perigo na condução de aeronaves, além de homicídio. O arquivamento foi homologado pela Justiça Federal. Apesar disso, o MPF diz que investiga, por meio de inquérito civil público, supostas falhas de órgãos federais responsáveis pelo controle aéreo.

Kleber roubou um avião no aeroclube de Luziânia e fez manobras perigosas sobre Goiânia até a aeronave despencar no estacionamento do shopping Flamboyant.O avião monomotor de prefixo PT-VFI caiu por volta de 18h30m, depois de sobrevoar a cidade por cerca de uma hora antes da queda. Ninguém estava no estacionamento do shopping no momento da queda da aeronave e não houve feridos, mas 23 carros foram danificados.

A tragédia começou a ser desenhada no início da tarde do dia 12, quando Kléber chegou ao apartamento da família, em um prédio em Aparecida de Goiânia, e agrediu a esposa na frente da única filha do casal. Silva forçou a mulher, Érika, e a filha a entrarem no carro e disse que eles iriam a um passeio em Anápolis. O casal acabou discutindo. Na rodovia, ele agrediu a mulher na cabeça com um extintor de incêndio e a jogou fora do carro. A mulher foi largada à beira da rodovia, com lesões no crânio e no corpo. Para a polícia, Kléber teria acreditado que ela estava morta.

De lá, ele partiu com a criança rumo ao aeroclube de Luziânia, onde fingiu que alugaria o avião de pequeno porte. Ele rendeu o piloto na pista, obrigando-o a descer do avião e assumiu o comando. Durante o tempo que sobrevoou Goiânia, ele desligou todos os aparelhos de comunicação da aeronave. Monitorado pelo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e por um helicóptero do Grupo de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar (Graer), deu vários rasantes sobre a cidade de Goiânia até cair no estacionamento do shopping.





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