Assessor de Obama pede demissão por voo rasante sobre Nova York
Episódio fez com que escritórios fossem evacuados em Nova York
Um alto assessor da Casa Branca pediu demissão nesta sexta-feira por ter autorizado que o avião do presidente dos Estados Unidos fizesse um voo rasante sobre Nova York, no último dia 27 de abril. O presidente Barack Obama não estava a bordo da aeronave no momento do episódio.
Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, o governo americano informou que Obama aceitou o pedido de demissão de Louis Caldera do cargo de diretor do Escritório Militar da Casa Branca.
Obama também pede que sejam tomadas providências para que episódios desse tipo não ocorram novamente.
Pânico
Na ocasião do incidente, a aeronave, um Boeing 747, voou em altitude baixa, escoltada por um caça, para fazer uma série de fotos perto de locais famosos da cidade.
O evento causou pânico entre os moradores de Nova York e fez com que alguns escritórios fossem evacuados. O episódio também fez com que muitos se lembrassem dos atentados de 11 de setembro de 2001.
Em uma carta de demissão, também divulgada pela Casa Branca, Louis Caldera afirma que a controvérsia a respeito do voo tornou impossível para ele continuar no cargo de diretor do Escritório Militar.
Ele diz ainda que o incidente se tornou uma "distração" para o trabalho que Obama está fazendo como presidente.
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Segundo oficiais do Pentágono, o voo do avião presidencial sobre Nova York para fazer fotos teria sido informado às autoridades da cidade. No entanto, não houve nenhuma notificação pública a respeito do evento.
No dia do incidente, Caldera afirmou que, embora as autoridades locais estivessem alertadas, "a missão claramente criou confusão".
"Eu peço desculpas e assumo a responsabilidade por qualquer preocupação que o voo tenha causado", disse Caldera.
O Boeing é uma das duas aeronaves utilizadas pelo presidente dos Estados Unidos.