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IATA calcula em 30% a quebra de receitas de tráfego premium



A IATA avançou ontem a estimativa de uma queda da ordem dos 30% em Fevereiro nas receitas de tráfego em classes executiva e primeira (premium), classificadas como “chave” para a sua rentabilidade, assinalando que a quebra nos proveitos excede o decréscimo do número de passageiros nessas classes, calculada em 21,1%.

A informação da IATA refere que as tarifas premium tem caído desde Novembro e lembra que em Fevereiro de 2008 estavam a subir a dois dígitos, em resposta à escalada dos preços dos combustíveis que então se verificava, levando a aumentos de receita de tráfego premium na ordem dos 15%.

A IATA acrescenta que o decréscimo em 30% estimado para o mês de Fevereiro coloca “pressão significativa” sobre o desempenho financeiro no primeiro trimestre, depois de destacar que este segmento “é chave para a rentabilidade da maioria das companhias de rede”.

O Premium Traffic Monitor da IATA divulgado ontem destaca que a queda deste segmento de tráfego de alta tarifa se agravou em Fevereiro face a Janeiro, mesmo descontando o efeito de este ano Fevereiro ter tido menos um dia que em 2008.

A queda média (sem ajustamento) foi de 21,1% em Fevereiro, depois de 16,7% em Janeiro, atingindo os 22,5% no Atlântico Norte, maior sector mundial de voos de longo curso, 27,1% nas ligações intra-europeias, 15% nos voos dentro da América do Norte, 19,6% nas ligações entre a Europa e o Estremo Oriente e 18,5% nas ligações Extremo Oriente – Sudoeste do Pacífico.

Para o tráfego em classe económica, a IATA indica que também houve um agravamento da queda em Fevereiro face a Janeiro, de 4,7% para 8,3%, assinalando que uma queda menos pronunciada neste segmento leva a presumir que passageiros que anteriormente viajavam em classe business se têm mudado para tarifas mais económicas.

A IATA observa ainda que a estimativa de queda do número de passageiros (business e económica) em 9,6% (na ordem de 6% quando ajustado do efeito ano bissexto em 2008) em Fevereiro, quando comparada com a queda em RPK (sigla do inglês para designar passageiros pagantes x quilómetros), estimada em 10,1%, mostra que são as rotas de longo curso que mais estão a sofrer com o “colapso sem precedentes” do comércio mundial e dos fluxos de investimento.

Os dados da IATA para a evolução do tráfego premium nos primeiros dois meses deste ano apontam para uma queda média em 19,1%, com quedas em 18,3% no Atlântico Norte, 24,9% nas ligações intra-europeias, 20,5% nas ligações Europa – Extremo Oriente, 25,2% nas ligações intra Extremo Oriente e 26% no Norte e Médio Pacífico.

De acordo com os dados da IATA, as ligações intra-europeias representam 23,4% dos passageiros e 4,6% da receita de tráfego premium a nível mundial, o Atlântico Norte representa 14,9% dos passageiros e 22,3% da receita, o Extremo Oriente representa 10,5% dos passageiros e 3,2% da receita, as ligações Europa – Extremo Oriente representam 8,9% dos passageiros e 15,4% da receita e o Norte e Médio Pacífico representa 5,7% dos passageiros e 14,2% da receita.

Em relação ao mercado do Atlântico Sul, no qual a TAP é líder em ligações entre a Europa e o Brasil, a IATA indica que a queda do tráfego premium foi de 16,1% em Fevereiro e no conjunto dos primeiros dois meses do ano está em 11,4%.

O Atlântico Sul, de acordo com a IATA, representa 2,7% do total de passageiros premium a nível mundial e 4,7% do total deste segmento de receita.






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