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Embaixadora dos EUA reitera objetivo de punir Coreia do Norte


da Folha Online

Susan Rice, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU (Organização das Nações Unidas), afirmou nesta segunda-feira que o país exige uma "clara e enérgica" resposta da organização à Coreia do Norte que, no sábado (4), lançou um foguete de longo alcance que, para os EUA, o Japão e a Coreia do Sul, escondia um teste para um míssil nuclear poderoso. A Coreia do Norte afirma que o foguete visava colocar um satélite civil em órbita.

Seth Wenig/AP
Susan Rice, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, quer punir Coreia do Norte
Susan Rice, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, quer punir Coreia do Norte

"Foi uma clara violação do direito das leis internacionais", afirmou Rice em entrevista à rede de TV CBS. Rice disse ainda que irá se encontrar com aliados do Conselho de Segurança da ONU nos próximos dias para manter as negociações acerca da aplicação de mais sanções à Coreia do Norte. "Eles [norte-coreanos] não podem agir impunemente."

O lançamento do foguete norte-coreano ocorreu por volta das 11h30 deste domingo (23h30 de sábado no horário de Brasília). Logo após o lançamento, o governo do ditador Kim Jong-il anunciou que o satélite conseguiu entrou em órbita e transmitir músicas sobre Kim e sobre o pai dele, o general Kim Il-sung.

No entanto, o Comando Aeroespacial dos EUA e o Ministério da Defesa sul-coreano e, nesta segunda-feira, o Exército da Rússia confirmaram que o satélite não está em órbita.

Neste domingo, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu a pedido dos EUA e do Japão. O que os EUA querem é que a Coreia do Norte receba nova punição por aquilo que os EUA afirmam ter sido desrespeito à resolução número 1.718 do Conselho de Segurança da ONU que proíbe a Coreia do Norte de realizar "qualquer teste nuclear" ou "lançar míssil balístico". (Leia a íntegra da resolução, em inglês.)

"A Coreia do Norte quebrou as regras, uma vez mais, ao testar um foguete que poderia ser usado para mísseis de longo alcance", afirmou o presidente americano, Barack Obama, em discurso em Praga (República Tcheca). "Essa provocação ressalta a obrigação de agir não apenas no Conselho de Segurança mas na nossa determinação de prevenir essas armas." Nesta segunda-feira, Obama passa pela Turquia.

Entre as sanções que a resolução impõe estão a proibição de exportação à Coreia do Norte, por parte de todos os países-membros, de material bélico --como tanques e munição-- e de treinamento tecnológico; além do congelamento de fundos. Aplicadas em 2006, as sanções nunca funcionaram, porque muitos países falharam em aplicá-las.

No domingo, o Conselho de Segurança da ONU permaneceu três horas reunido e nenhuma conclusão foi apresentada. Em negociações a portas fechadas, China, Rússia, Líbia e Vietnã demonstraram preocupação quanto à possibilidade de a adoção de novas sanções alienar e desestabilizar a Coreia do Norte, inviabilizando os diálogos de desnuclearização tocados por EUA, Rússia, as duas Coreias, o Japão e a China.

"Nossa opinião é a de que todos os países deveriam evitar ações que possam levar a um aumento da tensão", disse o embaixador chinês Zhang Yesui.




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