Brasil - CNT cobra Anac de estudo sobre os impactos ao turismo
Durante a 24ª reunião do Conselho Nacional de Turismo, realizada em Brasília (DF), os conselheiros decidiram por maioria que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) leve em conta o impacto que a medida que prevê a liberação tarifária para os voos internacionais provocará no turismo brasileiro.
Mais uma vez o assento no conselho destino à agência ficou sem representante, apontou Cláudio Magnavita, presidente da Abrajet (Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo). “A Anac contraria um decreto presidencial e mais uma vez desdenha do Conselho Nacional de Turismo”, falou Magnavita.
José Márcio Mollo e Allemander Pereira Filho apresentam estudo sobre liberação tarifária
A importância da aviação comercial para o turismo também foi citada por Alexandre Zubana, presidente da Resorts Brasil. “Um dos maiores gargalos que enfrenta o turismo no País é a questão da aviação comercial. Perdemos o foco e não sabemos qual o papel da Anac”, disse Zubaran.
Segundo decidido, o Conselho Nacional de Turismo encaminhará uma petição à Anac, solicitando que ela não delibere sobre a liberação das tarifas sem um estudo expressivo sobre os impactos que a medida causará ao setor do turismo.
Durante a reunião, o brigadeiro Allemander Pereira Filho, ex-diretor da Anac, apresentou à convite do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), um estudo que mostra a posição atual das companhias aéreas nacionais frente às estrangeiras. Atualmente, a TAM, única companhia de bandeira a operar voos internacionais, ocupa apenas a 26ª posição no ranking das maiores empresas do mundo no setor. Além disso, o estudo revela que a maioria das empresas estrangeiras recebe auxílios dos governos de seus países, o que não ocorre no Brasil. “É um salto no escuro que pode vir a custar caro para o setor do turismo”, disse José Márcio Mollo, presidente do Snea.
No dia 30 de abril, a CTD (Comissão de Turismo e Desporto) da Câmara dos Deputados, fará uma audiência pública, às 9h, para pedir explicações à agência sobre a questão da liberação tarifária, ocasião em que vários membros do conselho afirmaram que estarão presentes.