Líbia está próxima de comprar 14 Rafale F.3
PARIS - As negociações comerciais e técnicas sobre a venda de 14 caças franceses Rafale para a Líbia foram amplamente cumpridas e o anúncio será feito em breve.
Um executivo da indústria francesa quando questionado sobre quando seria anunciado o acordo disse: "É a política, é sempre política."
Coronel Muammar Khaddafi, o Chefe de Estado líbio, assinou um acordo de concessão de seis meses de negociações exclusivas para o Rafale quando visitou Paris, em Dezembro de 2007. As Organizações dos direitos humanos criticaram a visita do líder líbio e a potencial venda de armas.
O Rafale que espera ser vendido para a Líbia será semelhante ao padrão F3 que estão entrando em serviço na Força Aérea Francesa, capaz de combater alvos aéreos e terrestres.
As armas estão sendo negociadas em um pacote separado. A empresa MBDA, fornecedora de mísseis para o Rafale, declinou a comentar.
"As negociações ainda estão em curso", disse Jacques-Emmanuel Lajugie, o chefe da divisão internacional da Délégation Générale pour l'Armamento (DGA). As negociações foram duradouras, o que já era esperado, disse ele. A DGA é o escritório do governo francês para aquisições militares.
Antoine Bouvier, CEO da MBDA, disse que esperava uma grande exportação de mísseis vinculados ao Rafale neste ano ou no próximo, bem como as armas para a fragata FREMM, desenvolvida para a França e Itália.
Existem preocupações de que a crise econômica irá reduzir os gastos de defesa no Brasil e na Grécia, onde o Rafale é concorrente, disse um executivo da indústria.
A Suíça concluiu uma série de ensaios de vôo do Rafale, Eurofighter Typhoon e Gripen, como parte de uma concorrência para substituir os caças F-5 em operação. Prevê-se que em seis meses o país irá terminar a avaliação dos testes.
A Dassault também está procurando clientes para comprar a frota de Mirage 2000-9 atualmente em operação nos Emirados Árabes Unidos que deverão ser substituídos pelo Rafale, disse Charles Edelstenne, Chefe do Executivo. A primeira entrega do Rafale aos EAU não seria antes de 2012, e a Força Aérea precisaria de cerca de três anos para treinar os pilotos.
Laurent Collet-Billon, Chefe Executivo da DGA, disse que a Força Aérea Francesa não possui interesse em adquirir os Mirage 2000-9 dos EAU.
Fonte: Defense News
