IATA descarta recuperação a curto prazo embora admita alguma melhoria em finais de 2009
As perspectivas poderão melhorar para o fim do ano, mas esperar uma “recuperação significativa” em 2010 seria mais optimismo que realismo, segundo o director geral da IATA, Giovanni Bisignani, citado em comunicado da Associação.
O comunicado diz no entanto que “grande parte da deterioração prevista para 2009 já aconteceu em Janeiro” e avança a expectativa de uma “modesta recuperação” do transporte de carga, uma vez que a indústria transformadora tenha reduzido os stocks.
A parte negativa, prossegue, é que a confiança dos consumidores e empresas continua fraca e a travar a despesa em viagens de avião.
“Há pouco a indicar um fim próximo da recessão”, comenta Bisignani, que defende também que “a recuperação não virá sem mudança”.
“Não há dúvidas de que esta é uma indústria resistente, capaz de catalizar o crescimento económico. Mas estamos estruturalmente doentes. Historicamente a margem desta indústria hiper-fragmentada é 0,3%”, começa por sublinhas Giovanni Bisignani, para defender que o sector precisa de acesso aos mercados de capitais globais e precisa de liberdade para processos de fusão e consolidação.
A reivindicação é antiga e tem como alvo as limitações que os Estados impõem à propriedade estrangeira das “suas” companhias aéreas, por um lado, e aos direitos de tráfego, por outro.