Europa - TAP garante “protecção” dos passageiros perante cancelamentos “significativos” na PGA
A TAP tem estado a transportar em voos com aviões próprios os passageiros cujas ligações foram cancelados pela greve iniciada às 00h00 pelos pilotos da sua subsidiária PGA, de acordo com informação do Gabinete de Comunicação da companhia, que especifica que os clientes não têm estado sujeitos a "grandes atrasos".
Os passageiros, de acordo com a informação da TAP, têm estado a viajar em ligações alternativas e "sem grandes esperas", uma vez que a companhia já antecipadamente providenciara essas alternativas.
Informação no site da ANA mostra que em Lisboa foram canceladas, até à 15h00 de hoje, cinco partidas e sete chegadas e no Porto foram canceladas seis partidas e quatro chegadas.
Em Lisboa foram canceladas as partidas para Marselha (TP408 às 7h55), Lyon (TP470 às 8h00), Nice (TP482 às 8h00), Porto (TP1952 às 8h10) e Barcelona (TP746, às 0h15).
As chegadas canceladas tinham origem em Toulouse (TP421 com chegada às 7h00), Sevilha (TP769, das 7h00), Lyon (TP475, das 8h10), Marselha (TP409, das 13h20), Lyon (TP471, das 13h25), Barcelina (TP745, das 13h45) e Noce (TP483, das 13h50).
As partidas do Porto canceladas foram as das 6h45 para Madrid (TP700), 8h10 para Barcelona (TP730), 9h45 para Genebra (TP938), 9h50 para Roma (TP852), 9h55 para Amesterdão (TP652) e 9h55 para Milão-Malpensa (TP812).
Quanto a chegadas canceladas no Aeroporto do Porto, o site da ANA indica as ligações de Genebra (TP939 às 15h10), Milão-Malpensa (TP813 das 16h00), Amesterdão (TP651 às 16h15) e Roma (TP851 às 16h45).
A informação do Gabinete de Comunicação da TAP, que reconhece um número de cancelamentos “significativo” nas operações em aviões da PGA, destaca que a companhia já tomara medidas preventivas para os passageiros não serem penalizados pela greve.
De acordo com a mesma fonte, a operação hoje em aviões PGA totalizaria 46 voos, alguns dos quais já se realizaram, apesar da greve, como as ligações de Milão (Malpensa) e Barcelona para o Porto.
A greve foi convocada pelo SPAC – Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil que hoje acusou a Administração da empresa de “má-fé” na condução do processo e avançou a perspectiva de um endurecimento de prosições.
“Perante esta atitude irresponsável e de pura desconsideração pelos passageiros por parte da administração da PGA, aos Pilotos resta apenas uma opção: a de continuar a greve nos moldes previstos e equacionar a escalada do conflito”, diz um comunicado do SPAC em acusa a Administração da PGA de ter desvalorizado os seus esforços para um acordo antes do início da greve.
Segundo o SPAC, “só às 20h do dia 27 de Março, a quatro horas do início da paralisação, [a Administração da PGA] devolveu ao SPAC uma contra proposta à posição que o sindicato lhe tinha apresentado em Dezembro.
O sindicato diz ainda que, “de qualquer forma, e depois da análise da contra-proposta em tempo recorde, o SPAC conseguiu devolver ainda, ao início da madrugada do dia 28, a sua posição final para, num derradeiro esforço, alcançar um acordo”, mas que, “a PGA desvalorizou o esforço do SPAC refugiando-se no adiantado da hora”.
A conclusão do SPAC é que “ao invés da administração procurar resolver um problema laboral sério com efeitos na segurança de voo, está mais preocupada em arranjar, em conjunto com a TAP, esquemas de transferências de voos”.
O sindicato tem destacado que a greve tem como propósito levar a empresa a "adoptar um novo Regulamento de Utilização dos Pilotos da companhia que seja mais responsável e seguro”, frisando que a acção “não tem por base a revisão de matérias salariais” (clique para ler: SPAC: Pilotos da PGA (grupo TAP) mantêm greve para o próximo Sábado).
Além da greve de 24 horas, o SPAC tem convocadas novas paralisações dos pilotos da PGA para 4 de Abril e para 13 de Junho.