Cortes na aviação tiraram do mercado 38,6 milhões de lugares de avião no 1º trimestre
As companhias aéreas colocaram no mercado menos 38,6 milhões de lugares no primeiro trimestre deste ano que no período homólogo de 2008, o que representa uma redução em 4,4%, indicou hoje a OAG, empresa de fornecedora de dados estatísticos para a aviação.
A informação especifica que em número de voos a redução é em 6,7%, significando menos 491 mil.
É a primeira vez que vemos uma regressão nos dados do primeiro trimestre desde 2002, quando a indústria está a sofrer o duplo impacto dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos e da crise provocada pelo rebentamento da bolha das dot.com — salienta um comunicado da OAG.
Para o mês em curso, a OAG diz que as reduções vão ser em 4,9% em número de voos, equivalendo a uma redução de 122 mil voos face a Março de 2008, para 2,38 milhões.
Em número de lugares, acrescenta, a redução é em 3,3% ou 9,8 milhões, para 289,8 milhões.
A informação especifica na Europa continuam a ocorrer reduções acentuadas, indicando que serão de 4,1% (menos 23,6 mil voos) nas ligações intra-europeias e de 3,1% (menos 2.845 voos) nas ligações de e para o continente.
Em número de lugares essas reduções são de 4,3% (menos 2,9 milhões de lugares) nas ligações intra-europeias e de 2,8% (menos 588,2 mil lugares) nas ligações de e para países terceiros.
Para a América do Norte, a OAG indica uma queda de 8,7% em número de voos intra-região (menos 81 mil), significando menos 6,53 milhões de lugares (-7,7%), e um corte nas ligações de e para o exterior em 8,3% em número de voos (menos 7,8 mil) e em 6,6% em número de lugares (menos 1,2 milhões).
Informação adicional disponibilizada no site da OAG indica que os maiores cortes em ligações internacionais ocorrem no Reino Unido, com menos 9.920 voos e menos 1,67 milhões de lugares, e em Espanha, com menos 9.452 voos e menos 1,5 milhões de lugares.
Para voos domésticos, os maiores cortes são nos Estados Unidos, tanto em número de voos (menos 76.164) como em número de lugares (-6,5 milhões).
Depois vem o México, em número de voos, com menos 6.154 voos, e a Indonésia, em número de lugares, com menos 745,96 mil.
No pólo oposto, com aumentos de capacidade aérea em ligações internacionais estão a Turquia, com mais 3.330 voos e mais 606,2 mil lugares, e os Emirados Árabes Unidos, em número de voos, com mais 3.050 voos e mais 677,77 mil lugares.
Nas ligações domésticas, a China lidera os reforços de capacidade, com mais 14.483 voos e mais 2,422 milhões de lugares, seguida, em número de voos, pela Colômbia, com mais 4.109, e, em número de lugares, pelo Japão, com mais 721,17 mil.
A informação disponível no site da OAG refere em relação à América Latina que também esta região regista cortes de capacidade aérea significativos, especificando que nas ligações internas a redução é de 3,8% em número de voos (menos 7.266) e de 2% em número de lugares (menos 379,8 mil)
Para ligações com países terceiros, a queda é em 8,5% em número de voos e em 5,2% em número de lugares (menos meio milhão).
Para a Ásia, a OAG indica uma queda em 1,3% em número de voos internos (menos 6.897), mas um incremento em 0,6% em número de lugares (mais meio milhão), e uma redução de apenas 116 voos nas ligações com outras regiões (-0,2%), com uma redução do número de lugares em 0,6%.
O Médio Oriente é apontado pela OAG como excepção, tendo um aumento do número de voos internos em 4% (mais 1.415), com mais 96,6 mil lugares (+1,8%), e um incremento em 14% (mais 5.438) voos de e para outras regiões, que acrescentam 1,18 milhões de lugares.
Em relação a África, a OAG diz que os números de Março mostram estacilização: +0,3% em voos interiores (mais 196), gerando um aumento do número de lugares em 0,8% ou 46.538, e –0,4% em ligações de e para o exterior (menos 136), com uma redução do número de lugares em 0,6%.