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Brasil - Tráfego doméstico brasileiro fica aquém das expectativas das companhias

As companhias aéreas brasileiras sofreram em Fevereiro uma queda acentuada da taxa de ocupação dos voos, em 5,39 pontos, para 60,7%, uma vez que face às suas expectativas de crescimento, traduzidas num aumento de capacidade em 8,2%, o mercado se ficou por uma queda em 0,6%.

Os dados da ANAC para o mês de Fevereiro mostram que o aumento de capacidade em Fevereiro até foi mais moderado que em Janeiro (+9,8%), mas neste mês a procura cresceu e até quase ao mesmo ritmo (+9,6%).

Os dados da ANAC indicam que para o conjunto das operações domésticas e internacionais, pela evolução nos voos internos, o sector tem nos primeiros dois meses deste ano uma queda da taxa de ocupação em 1,56 pontos, para 67,6%, uma vez que o crescimento da procura em 0,4% se dá face a um aumento de capacidade em 2,8%.

A causa foi a evolução no sector doméstico, no qual a ocupação nos primeiros dois meses do ano baixa 2,56 pontos, para 66,4%, o que mostra que as companhias aéreas antecipavam um crescimento maior do tráfego do que aconteceu (5,1%), tendo ampliado a oferta em 9,2%.

Já no internacional, a redução de capacidade (-10,8%) mais do que compensou a queda de tráfego (-9,4%), pelo que a taxa de ocupação subiu 1,11 pontos, para 70,7%.

Para o mês de Fevereiro, os dados da ANAC indicam que houve uma diferença mais acentuada entre a evolução da capacidade (1,2%) e a do tráfego (-4%), levando a uma queda da taxa de ocupação em 3,4 pontos, para 62,6%.

A evolução em Fevereiro foi também ditada pelo sector doméstico, porque nos voos internacionais a taxa de ocupação subiu 1,6 pontos, para 62,6%, apesar de o tráfego ter caído 11%, uma vez que a capacidade colocada no mercado foi 13,1% menor.

A informação da ANAC mostra ainda que nos primeiros dois meses deste ano houve uma redução do peso do tráfego internacional no conjunto das operações das companhias aéreas brasileiras, que era de 32,3% em 2008 e foi de 29,1% este ano.

Esta evolução foi ditada pelo grupo VRG/Gol, para o qual o tráfego internacional representou 13,1% do tráfego total nos primeiros dois meses deste ano, quando em 2008 representava 25,5%.

A TAM, maior companhia aérea brasileira, pelo contrário, teve nos voos internacionais 41,3% do tráfego total nos primeiros dois meses deste ano, quando no período homólogo de 2008 tinha 39,4%.

No mês de Fevereiro, os voos internacionais representaram 30,4% do tráfego total das companhias aéreas brasileiras, quando um ano antes representavam 32,8%.

Esta redução ocorre apesar de na TAM ter havido um aumento, de 39,4% para 42,7% do tráfego total, pela evolução do grupo VRG/Gol, que teve 13,7% do tráfego total nas ligações internacionais, quando em Fevereiro de 2008 este segmento representava 26,3%.





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