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Brasil e Colômbia compartilham espaço aéreo

Para facilitar o combate ao narcotráfico e à guerrilha, aeronaves de um país poderão entrar até 50km no território vizinho. Jobim repete que rebeldes serão recebidos à bala.

Viviane Vaz

Em visita a Brasília, o ministro de Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, acertou com o colega Nelson Jobim detalhes da parceria na luta contra o narcotráfico e o trânsito de guerrilheiros na fronteira. Jobim voltou a falar que o Brasil não admitirá a presença de integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ou outros grupos rebeldes no território nacional. “Repito o que já disse a Bogotá: as Farc serão recebidas à bala se entrarem em território brasileiro”. Os dois ministros anunciaram a entrada em vigor, ontem mesmo, de um acordo de uso comum do espaço aéreo.

“Esse acordo permite que a Força aérea da Colômbia ou do Brasil possam sobrevoar 50km dentro de cada nação respectivamente, fazer sobrevoos, vigiar coordenadamente desde o ar”, explicou Jobim. Dessa maneira, aeronaves militares terão mais autonomia para fazer essa vigilância e dar prosseguimento a operações no território vizinho. Hoje, Santos deve se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seguir para São José dos Campos (SP), onde visitará a fábrica da Embraer.

“Estamos muito contentes com os aviões do Brasil e queremos preparar uma aliança estratégica de indústrias militares. Temos a ideia de ver como a Colômbia pode participar na elaboração de um avião de carga que o Brasil está pensando em desenvolver”, disse à reportagem. A Colômbia utiliza aviões Super Tucano no combate às Farc e prevê adquirir agora o avião de carga KC-390.

Na Colômbia, já se comenta a possibilidade de o ministro da Defesa sair como candidato à Presidência nas eleições de maio de 2010. Santos, porém, negou ao Correio qualquer preparativo. “Não estou neste momento pensando em nenhuma candidatura, estou aqui estreitando os laços com o Brasil, que é um sócio realmente estratégico. Minha responsabilidade é seguir trabalhando pela segurança dos colombianos.” Ele também foi recebido pelo ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, e pela cúpula das Forças Armadas brasileiras.

Fonte: Correio Braziliense




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