Brasil - Companhias pedem privatização dos aeroportos
O final do debate entre os presidentes das seis principais companhias aéreas brasileiras – Constantino de Oliveira Jr. (Gol), David Barioni Neto (Tam), German Efromovich (OceanAir), José Mario Caprioli (Trip), Pedro Janot (Azul) e Wagner Ferreira (Webjet) -, mediado pelo jornalista William Waack, discutiu investimentos do governo em infraestrutura aeroportuária e as perspectivas do mercado para este ano de crise.
A opinião geral dos convidados é que a principal saída para a melhoria na infraestrutura dos aeroportos seja mesmo a privatização.
Para Constantivo de Oliveira Jr., da Gol, as ações de desenvolvimento dos sítios aeroportuários devem acontecer com mais rapidez, e lamenta o setor estar ainda em evolução em vários aspectos, ao contrário de outros países.
Já para o presidente da Tam, David Barioni Neto, “pouco importa se o aeroporto é privado ou público, o que as companhias precisam é de condição para oferecer um serviço de qualidade para o consumidor.” Entre as medidas necessárias para melhorar o atendimento, o dirigente citou a construção da segunda pista do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), considerado o terceiro aeroporto da capital paulista pelos dirigentes.
Já Wagner Ferreira, da Webjet, foi mais cauteloso, e preferiu tratar o assunto como uma questão de planejamento. “Temos que exercitar trabalhar pensando no futuro, somos muito imediatistas”, considerou ele.
Em meio à atual crise financeira, William Waack pediu para os presidentes comentarem sobre as perspectivas das empresas para este ano.
Apesar do cenário nebuloso, todos adotaram uma postura confiante no crescimento do mercado, mesmo o presidente da Webjet, que afirmou que suspendeu cinco encomendas de aeronaves até junho. Mesmo assim, a companhia espera crescimento de 5% em 2009.
Em forte expansão, a Azul não alterou o planejamento e promete investir cerca de US$ 600 milhões no ano, com previsão de transportar 1,8 milhão de passageiros.
O mesmo acontece com a Trip, que planeja direcionar US$ 200 milhões para ações de desenvolvimento.
Outras três empresas preferiram falar em aumento de frota: OceanAir (mais duas), Tam (três) e Gol (quatro).