Brasil - BRA explica como será a volta ao mercado
Avião da empresa, com a nova logomarca (reprodução)
A BRA concluiu a última etapa de certificação da companhia com a aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para voltar a operar no mercado, por meio da realização do voo de avaliação operacional. A empresa, que permanece em recuperação judicial, voltará a operar como charteira e fazendo fretamentos.
Segundo informou com exclusividade ao Portal PANROTAS o presidente e CEO da BRA, Danilo Amaral, as operações vão se concentrar no Nordeste brasileiro (Porto Seguro, Fortaleza, Maceió, Recife e Natal), com saídas a partir de São Paulo. Em, abril começam as operações de Caldas Novas (GO) para Porto Seguro (BA).
As primeiras operações envolvendo pacotes estão previstas para os próximos dias 14 e 15 e as vendas já devem começar a partir desta semana. A BRA vai operar inicialmente com um único avião. A chegada de uma segunda aeronave está prevista para o mês que vêm. Os dois aviões são subarrendadas da Gol.
De acordo com Amaral, a BRA também verticalizou-se, criando uma operadora específica para a venda de pacotes e produtos para agentes de viagens. A BRA Turismo, empresa subsidiária da companhia aérea, como explica Amaral, já tem mais de 300 agências cadastradas e prontas para vender os produtos da BRA. Também já está no ar o site oficial da companhia, com as opções de pacotes comercializados e informações sobre as operações da companhia aérea, e que pode ser acessado pelos endereços www.voebra.com.br ou www.turismobra.com.br.
Ainda de acordo com o presidente da empresa, a BRA está otimista com o andamento do processo de recuperação judicial. “O plano proposto foi aprovado em assembleia pelos credores, o que reduziu, de cara, 70% da nossa dívida”, disse. “Provamos que a empresa é viável, equacionando as formas de pagamentos aos credores”, acrescentou. Danilo Amaral afirma, ainda, que o objetivo da BRA este ano será obter receita para quitar as dívidas tanto trabalhistas quanto com credores.
A BRA soma dívidas de quase R$ 220 milhões e é controlada pela F&F Fratelli, e tem como sócia a Brazil Air Partners, sendo que esta última tem a participação dos fundos de investimentos Bank of América, Goldman Sachs, Darby, Gávea, HBK, Millenium e Development Capital.