Aviação norte-americana factura menos 19% por unidade de transporte colocada no mercado
A receita unitária (por lugar e milha percorrida) da aviação norte-americana caiu 19% em Fevereiro, segundo a sua associação, a Air Transport Association (ATA), que indica que a queda se deu com uma redução em 8% da receita por unidade vendida (por passageiros e milha percorrida).
A ATA estima que em Fevereiro o número de passageiros das associadas caíu 12%.
A Associação destaca ainda é o quarto mês consecutivo que a receita unitária cai e assinala que mais forte ainda é a queda do transporte de carga, que em Janeiro “afundou” 32%.
O economista chefe da ATA, John Heimlich, comentou que estes dados mostram como o forte corte da despesa por parte de viajantes e expedidores de carga está a penalizar cada vez mais a aviação comercial.
John Heimlich acrescentou que este quadro mostra que são necessárias mais reduções de capacidade, apesar de as companhias terem um alívio substancial no que respeita a custos de combustíveis.
Na passada sexta-feira, a United Airlines, terceira maior companhia aérea norte-americana e membro da Star Alliance, anunciou ao mercado que prevê uma queda da receita unitária entre 12,3% e 13,3% no primeiro trimestre.
A informação indica ainda que a companhia prevê ter uma queda do tráfego em 16,2%.
Na véspera tinha sido a American Airlines, segunda maior companhia aérea norte-americana, a avisar o mercado que espera uma queda da receita unitária no primeiro trimestre entre 9,6% e 10,6%.
E na quarta-feira tinha sido a Continental Airlines, quarta maior companhia aérea norte-americana, também em informação à autoridade de supervisão do mercado de capitais, a indicar uma degradação da receita.
A companhia já indicado na sua informação sobre o mês de Fevereiro que previa ter registado uma queda da receita unitária na ordem de 12,5%, depois de ter uma descida em 4,8% em Janeiro.
A Continental indicou ainda que a redução de capacidade no trimestre em curso deverá ter atingido os 7,3%, mais 0,4 pontos que indicado anteriormente, mas ainda assim prevê uma queda da taxa de ocupação entre três e quatro pontos.