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Aviação está a perder mais dinheiro que previsto e perdas começam a nível operacional

Presstur 02-03-2009 (15h58)

A aviação comercial teve perdas operacionais de 2,52 mil milhões de dólares (cerca de 1,99 mil milhões de euros) no quarto trimestre de 2008, segundo estimativa da IATA que destaca que “ao contrário do que acontecia” na primeira parte de 2008, “as companhias aéreas estão agora a perder dinheiro no nível operacional”.

O barómetros da “saúde financeira” das companhias aéreas (Airlines Financial Health Monitor) da IATA divulgado hoje destaca, aliás, que a estimativa feita em Dezembro de prejuízos do sector a nível mundial em 2008 na ordem de cinco mil milhões de dólares (cerca de 3,95 mil milhões de euros), depois de uma perda estimada em 4,015 mil milhões (cerca de 3,17 mil milhões de euros), “parece baixa” e indica que com os dados actuais é previsível que cheguem a oito mil milhões (cerca de 6,3 mil milhões de euros).

Para este agravamento a IATA destaca o facto de além das companhias norte-americanas também as europeias e asiáticas estarem a registar “grandes perdas”.

Os dados que a IATA publica para o quarto trimestre apontam para prejuízos depois de impostos de 2,08 mil milhões de dólares para as norte-americanas, 1,357 mil milhões para as europeias e 746 milhões para as da Ásia e Pacífico, ligeiramente compensados por um aumento dos lucros das companhias das restantes regiões em 169 milhões.

Estas perdas ocorrem com prejuízos operacionais de 1,699 milhões de dólares nas companhias norte-americanas, 588 milhões nas europeias e 550 milhões nas da Ásia e Pacífico e um resultado positivo de 316 milhões nas restantes regiões.

Para a IATA a causa é a recessão económica associada a perdas com hedging de combustível, que foi uma salvaguarda quando o preço do fuel subia, mas pela queda abrupta que se verifica desde Julho se tornou fonte de perdas volumosas.

A IATA assinala por outro lado, que embora as companhias aéreas estejam a reduzir capacidade, não estão a conseguir acompanhar o ritmo de queda da procura, quer de transporta de passageiros quer de transporte de carga e correio, levando a quedas das taxas de ocupação.

“Até agora, à excepção do mercado doméstico dos Estados Unidos, (as companhias] não têm sido bem sucedidas [na adaptação da capacidade à procura]”, assinala a IATA que indica que em Janeiro a redução média de capacidade (em lugares x quilómetros) foi de 2%, mas sem evitar uma queda da taxa de ocupação em 2,8 pontos.


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