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Tráfego premium continua a penalizar BA mas companhia já sobe ocupação em Janeiro

Presstur 06-02-2009 (08h11)

A British Airways, terceira maior companhia europeia, teve em Janeiro a quinta queda homóloga consecutiva do tráfego de altas tarifas, e a mais forte deste período, mas ao contrário de meses anteriores, a taxa de ocupação subiu, por via de uma redução de capacidade em 2,6%.

O balanço operacional da British Airways para o mês de Janeiro indica que a companhia teve uma queda do tráfego (medido em RPK = passageiros x quilómetros percorridos) em 1,3%, pela queda em 13,7% do chamado tráfego premium (tarifas de executiva e primeira), cujo impacto foi atenuado por uma subida em 1,4% do segmento não premium (geralmente turísticas).

Desde Setembro, quando começou de forma mais acentuada o descalabro do sistema financeiro mundial, que a British Airways apresenta quedas do tráfego premium e sucessivamente mais fortes, tendo começado por –8,6%, a que seguiu -9,2% em Outubro, -10,8% em Novembro, -12,1% em Dezembro e, agora, 13,7% em Janeiro.

O tráfego não-premium foi assim o segmento “chave” para a atenuação da queda da procura em Janeiro, ao apresentar uma subida homóloga como já não acontecia quase há um ano (o último aumento homólogo desde segmento indicado pela BA foi relativo a Fevereiro de 2008, em +5,3%).

A evolução do tráfego não premium, pelos dados divulgados pela companhia, permitiu-lhe apresentar uma subida da taxa de ocupação face ao primeiro mês de 2008, em 1,0 pontos, para 73,2%.

A dúvida é se essa subida é suficiente para atenuar a queda de yield (receita por RPK) que é induzida pela descida do tráfego premium, mas a British Airways não divulga mensalmente a evolução do yield e receita unitária (receita por unidade de transporte colocada no mercado, medida em ASK = lugares x quilómetros percorridos).

A informação da companhia por sectores de rede indica que em Janeiro apenas teve crescimento nas ligações com África e Médio Oriente, com um aumento da procura em 4,3%, com o qual melhorou a taxa de ocupação nestas linhas em 0,7 pontos, para 78,6%.

No sector Américas, que é considerado o de maior peso na sua receita, a British Airways teve uma estagnação em baixa (-0,3%) e no médio curso na Europa, incluindo Reino Unido, que é o de maior volume de passageiros, teve uma queda em 3,9%.

Já quanto à taxa de ocupação, nas rotas Américas teve uma subida de 2,7 pontos, para 74,8%, porque a capacidade foi reduzida em 3,9%, e nas rotas europeias teve uma queda em 2,9 pontos, para 54,6%, porque a queda da procura ocorreu face a um aumento de capacidade em 1,3%.

A maior queda da procura no mês de Janeiro ocorreu nas linhas da Ásia e Pacífico, com uma descida em 9,6%, mas ainda assim, porque a capacidade foi 11,9% menor, a taxa de ocupação subiu 2,1 pontos, para 84,3%.

A informação da British Airways sobre o número de passageiros embarcados indica que foram 2,325 milhões em Janeiro, menos 4% ou menos cerca de 97 mil que no mês homólogo de 2007.

O sector Europa foi o primeiro responsável por esta queda, com a British Airways a ter menos cerca de 91 mil passageiros que no ano passado, baixando para 1,282 milhões.

No sector Ásia e Pacífico a queda foi em 10,5% ou cerca de 16 mil, para 137 mil, e no sector Américas a descida foi de 1% ou cerca de seis mil, para 570 mil.

A atenuar estas quedas esteve a subida em 5% ou cerca de 16 mil, para 336 mil, nas linhas de África e Médio Oriente.

A British Airways informou que os seus dados de tráfego passaram a incluir os passageiros que utilizaram bilhetes comprados com milhas do seu programa de passageiro frequente, seguindo assim o standard do sector, e que reviu as informações relativamente aos meses anteriores.

A informação da British Airways para o período de 1 de Abril de 2008, início do exercício fiscal 2008/2009, a 31 de Janeiro último indica que o número de passageiros baixa 3,4%, o que dá uma redução de quase um milhão, para 28,319 milhões.

O tráfego neste período cai 2,6% face a uma quase estabilização da capacidade disponível (-0,1%), o que provoca uma queda da taxa de ocupação em 2,0 pontos, para 77,9%.




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