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Star Alliance - Soluções para a crise: reduzir capacidade e evitar guerra de preços

Joana Barros
12 de Fevereiro de 2009


Os conselhos partiram de Christopher Korenke, vice-presidente da área comercial da Star Alliance, à margem do 2º Salão de Viagens de Negócios. O responsável este no evento para apresentar um painel sob o tema “Perspectiva sobre a indústria aérea internacional no âmbito da conjuntura económica actual”.

Durante a apresentação Korenke referiu que uma das saídas para as companhias aéreas conseguirem sobreviver à actual crise pode passar pela redução de capacidade. “Acho que a capacidade deve ser adaptada à descida da procura”, referiu mais tarde, à conversa com os jornalistas, salientando que esta é uma opinião pessoal e não uma linha de orientação da Aliança.

Para Christopher Korenke, é de evitar uma “guerra de preços”. “Esta indústria tem um grande problema que é ter uma estrutura de custos muito elevada e custos fixos muito elevados”, explica, reforçando a ideia de que baixar preços não vai resolver o problema.

Esta redução de capacidade pode ou não passar por utilizar aviões mais pequenos, mas mesmo aí surge outro problema: os custos unitários sobem. “Não há uma resposta standard, é preciso analisar rota a rota”, diz.

O responsável não esconde que este vai ser um “ano extremamente difícil”, com uma descida de tráfego, especialmente dos passageiros premium. “Ninguém sabe quanto tempo vai demorar, é uma crise sem precedentes”.

Além disso, esta crise tem outra característica particular: enquanto que nos outros períodos menos favoráveis as transportadoras conseguiam compensar a quebra de um mercado noutro mercado. Hoje em dia, tal não acontece.

Crise como motor para fusões

Daí que Korenke acredite que esta crise possa acelerar a necessidade de fusões entre companhias aéreas. E aqui volta o argumento da estrutura de custos muito elevavas e a necessidade de se criarem sinergias para diluir alguns custos. A título de exemplo, o vice-presidente lembra que o novo Boeing 777 custa 250 milhões de dólares.

Também são de esperar outras mudanças no sector. “Podemos dizer adeus à ideia de companhias de bandeira, especialmente na Europa”, refere, salientando que isto não significa que as marcas vão deixar de existir. Por exemplo, a Swiss mantém uma identidade suíça, mas mesmo assim está integrada num grupo alemão.

Korente esclarece também que o papel da Star Alliance não passa por “promover fusões”. Segundo a mesma fonte, ao trabalharem em conjunto na mesma Aliança, em determinado momento percebem que faz mais sentidos funcionarem como uma só.

“Vejam o que aconteceu com a Austrian”, diz, referindo-se à compra de 41,56 por cento por parte da Lufthansa. “A crise pode dar um empurrão à consolidação”, remata




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