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Sector aéreo brasileiro cresce 4,1% em Janeiro mas procura de voos internacionais cai 7,9%

Presstur 11-02-2009 (16h28)

O transporte aéreo de passageiros pelas companhias aéreas brasileiras cresceu 4,1% em Janeiro, quando na generalidade dos mercados mundiais houve queda pelo impacto da crise económica e financeira, pelo “aquecimento” do mercado doméstico, que compensa uma quebra nas ligações internacionais.

Dados divulgados hoje pela ANAC, autoridade aeronáutica brasileira, indicam um aumento médio do tráfego em voos domésticos em 9,6% e uma queda em 7,9% nos voos internacionais operados por companhias brasileiras.

A informação mostra que em Janeiro, face ao primeiro mês de 2008, as companhias aéreas brasileiras reforçaram a componente de voos domésticos, de 68,7% dos lugares x quilómetros (ASK, do inglês para Available Seat Km) colocados no mercado para 72,5% e que uma evolução similar ocorreu na procura, com o doméstico a representar 71,8% do total de RPK (passageiros x quilómetros percorridos) quando um ano antes representava 68,7%.

Os dados da ANAC mostram que a TAM, maior companhia aérea brasileira, reforçou a participação no mercado, tanto em termos de oferta como na procura, ganhando 5,78 pontos, para 57,6% no total de lugares quilómetros colocados no mercado, e 4,92 pontos, para 59,4% do total de passageiros quilómetros “voados” durante o mês.

No pólo oposto esteve o grupo Gol (com as companhias Gol e VRG), nº2 no Brasil, que perdeu 5,96 pontos de quota de mercado em capacidade, para 35,4%, e 5,47 pontos em tráfego, para 33,8%.

A ANAC indica que no segmento de voos domésticos a TAM reforçou em Janeiro a participação na oferta total em 1,73 pontos, para 49,08%, e na procura ganhou 0,98 pontos, para 49,51%.

No internacional, a TAM ganhou 18,4 pontos de participação na capacidade, para 80%, e subiu 17,4 pontos na procura, para 84,44%.

A taxa de ocupação da TAM nos voos domésticos foi de 72%, menos cerca de um ponto que no ano passado, mas ainda cerca de um ponto acima da média do mercado (71%), e nos voos internacionais a companhia teve 78%, menos dois pontos que um ano antes, mas cerca de quatro pontos acima da média do mercado, que foi de 74%%.

Gol/VRG, embora perdendo quota de mercado, melhorou a taxa de ocupação nos voos domésticos em cerca de um ponto, para 71%, mas no internacional teve uma queda acentuada, em cerca de sete pontos, para 57%.

As outras quinze companhias que operam no mercado de voos domésticos com dados divulgados pela ANAC representaram em Janeiro 9,6% da capacidade aérea, mais 1,11 pontos que um ano antes, e 9,4% da procura, mais 1,23 pontos que em Janeiro de 2008.

A maior contribuição para estes crescimentos veio da Webjet, que reforçou a capacidade em 253,8% e teve um aumento da procura em 210%.

A Webjet representou em Janeiro 4,07% da capacidade disponibilizada e obteve 4,33% do total da procura, reforçando as quotas de mercado em, respectivamente, 2,74 e 2,8 pontos.

Outra contribuição veio da nova companhia aérea Azul, que em Janeiro representou 1,17% da capacidade em voos domésticos e 0,96% da procura total destas ligações.




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