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“O Brasil precisa de uma terceira aérea”, diz Neeleman




Na home, David Neeleman durante a apresentação; acima, Ricardo Ferreira, presidente do Comitê de Viagens & Negócios da Amcham, fazendo uma pergunta ao dirigente. Bernardo Feldberg, da Baker Tilly Brasil, completou a mesa


O chairman e CEO da Azul, David Neeleman, proferiu uma palestra hoje na Câmara Americana de Comércio (Amcham), na capital paulista, para 127 profissionais do canal corporativo. A presença massiva do público pode ser explicada pela estratégia adotada pela companhia, que pratica tarifas equivalentes a viagens de ônibus.

Neeleman começou o encontro reafirmando que o volume de passageiros do Brasil pode ser dois ou até três vezes maior do que é hoje – cerca de 48 milhões de pessoas/ano. “Se pararmos para analisar, as malhas da Gol e da Tam são muito parecidas, ou seja, o País precisa, sim, de uma terceira aérea”, reafirmou ele. O dirigente endossa a posição lembrando que a rota entre Campinas (Viracopos) e Salvador, primeira operação da companhia, começou com 36 pessoas/dia, número que deve saltar para 500 nos próximos meses. “A falta de oferta diminui a demanda. Se dermos condições, as pessoas vão começar a viajar”, opinou o chairman da Azul. “O que precisamos fazer é reduzir tarifas e facilitar as viagens. Hoje é tudo muito difícil. Quanto mais complicado for, menos o viajante vai utilizar os serviços”, completou ele.

Entre os diversos assuntos debatidos, David Neeleman citou a atual administração da Infraero e a privatização dos aeroportos brasileiros. Para ele, essa não é uma saída para a melhoria de infraestrutura do sistema aeroportuário. “O fechamento de Pampulha (MG) e Santos Dumont (RJ) no passado pode ter tido suas razões, mas hoje é completamente desnecessário. Perdemos muito com essa medida”, criticou o dirigente, ainda na expectativa da reabertura do aeroporto fluminense. Ao falar sobre a administração dos aeroportos, Neeleman só tem uma preocupação: “espero que, quando o Nicácio [da Silva, presidente da Infraero], sair do comando da Infraero, que coloquem um profissional capacitado como ele, não um político”, afirmou ele.

Antes de encerrar, David Neeleman respondeu a uma pergunta sobre expectativa de conquista de mercado para os próximos anos. “Pra mim, market share não vale nada. Estamos desenvolvendo um novo mercado com as pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de voar”, discursou o dirigente.




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