Iberia sofre queda do tráfego em 12% em Janeiro pela recessão económica e efeitos de nevão

Presstur 13-02-2009 (06h43)

O fecho do Aeroporto de Madrid no dia 9 de Janeiro e a “tendência negativo pelo impacto da recessão económica” são as causas apontadas pela companhia ibéria para uma queda do tráfego de passageiros em 12% no primeiro mês de 2009.

A companhia, que deixou de publicar o número de passageiros transportados, indica ainda que essa queda foi superior à redução de capacidade, que foi de 8,1%, levando a uma descida da taxa de ocupação média dos voos em 3,3 pontos, para 74%.

A informação da Iberia refere ainda que a sua aposta nas ligações de longo curso se traduziu num aumento da etapa média em 20,8%, e que este segmento representou no mês de Janeiro 69,9% do tráfego total (medido em RPK = passageiros x quilómetros percorridos), mais 4,2 pontos que um ano antes.

Ainda assim, na comparação com Janeiro de 2008, a Iberia indica que a sua capacidade (medida em ASK = lugares x quilómetros percorridos) em voos de longo curso teve um decréscimo em 1,3% e que o tráfego baixou 6,4%, provocando uma descida da taxa de ocupação em 4,5 pontos, para 82,3%.

A Iberia especifica que nas ligações com a América do Norte e com a América Central e Caraíbas, para uma capacidade similar à que colocou no mercado em Janeiro de 2008, teve decréscimos da procura de 7,4% e 6,1%, respectivamente, baixando as taxas de ocupação para 69,2% e 82,8%.

Em queda esteve também a taxa de ocupação nos voos de e para a América do Sul, segundo os dados da Iberia, que indica o valor de 86,6% sem especificar variação, já que refere uma queda da procura em 6,2% face a uma redução de capacidade em 2,8%.

Para os voos internacionais de médio curso, a Iberia indica uma queda média da taxa de ocupação em 1,8 pontos, para 60,1%, por uma queda do tráfego em 14,3% face a uma redução de capacidade em 11,7%.

Nos voos intra-europeus a taxa de ocupação baixou um pontos, para 59,3%, por uma queda do tráfego em 15,1% face a uma redução de capacidade em 13,7%, e nas ligações com África e Médio Oriente a queda da taxa de ocupação atingiu os 8,9 pontos, para 65,1%, porque a procura decresceu 9,1% e a companhia tinha aumentado a capacidade em 3,3%.

Em relação aos voos domésticos, onde a Iberia tem desinvestido, a companhia espanhola indicou que em Janeiro passado teve uma capacidade 26,8% menor que há um ano, mas a queda do tráfego foi ainda superior, situando-se em 35,1%, o que provocou uma queda da taxa de ocupação em 7,5 pontos, para 59,6%.