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David Neeleman defende a não privatização dos aeroportos no Brasil



David Neelemam fala para uma plateia de cerca de cem empresários


A discussão sobre a privatização ou não dos aeroportos no Brasil ganhou um reforço de peso. O CEO e Chairman da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, David Neeleman, demonstrou confiar no trabalho da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e defendeu a não privatização dos aeroportos, hoje administrados pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). O dirigente confirmou sua opinião durante palestra realizada hoje na sede da Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo.

Antes de responder as perguntas dos participantes, Neeleman falou da facilidade que foi para montar uma companhia aérea no Brasil: "Por ser brasileiro e trabalhar há 30 anos com aviação, quis montar uma empresa aqui. A idéia começou a sair em março e em dezembro estávamos operando, mas encontramos diversas barreiras que conseguimos ultrapassá-las".

Respondendo às perguntas, o CEO da Azul defendeu a forma como os aeroportos são administrados: "Não é porque empresas de outras áreas foram privatizadas e os resultados melhoraram que isto irá acontecer na aviação. Os aeroportos não devem ser vendidos e tenho muita confiança no trabalho exercido pela Anac e pela presidente Solange Vieira".



David Neelemam e Adalberto Febeliano, dir. de Relações Institucionais da Azul

Em seguida, Neeleman falou sobre a principal diferença nos aeroportos do Brasil e Estados Unidos: "Lá quem administra são as cidades. Portanto, todo lucro gerado por um aeroporto vai obrigatoriamente ser investido em melhorias. O único em todo território norte-americano que não segue este padrão é o de Nova York, o mais movimentado dos Estados Unidos. No Brasil, o lucro gerado pelo aeroporto de Guarulhos é destinado, por exemplo, para cubrir o déficit de outros que não têm balanço positivo".

Neeleman falou ainda da parceria dos agentes de viagens com a empresa aérea. Segundo ele, a presença desses profissionais é muito maior do que nos Estados Unidos e por isso pretende continuar mantendo uma relação amigável. Respondendo ao questionamento da presidente da Abgev, Viviannê Martins, o chairman confirmou que pretende manter uma relação bem próxima das agências corporativas, hoje responsável pela maioria dos passageiros das concorrentes.

O CEO da Azul encerrou sua participação falando do market share. De acordo com ele, aumentar a participação não é o objetivo da empresa: "Hoje pensamos em obter lucro nas rotas operadas e com isso aumentar o número de destinos operado. Market Share para nós não importa porque nosso objetivo não é tirar passageiros dos concorrentes, mas sim buscar novos viajantes.




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The Manhattan Reporter

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