|

Air France – KLM reconhece queda da receita unitária em Janeiro

Presstur 09-02-2009 (10h10)

“A crise económica continua a impactar o tráfego de negócios, com um decréscimo da receita unitária [proveitos por lugar quilómetro colocado no mercado]” diz o grupo Air France – KLM, nº 1 europeu do sector, ao divulgar os dados operacionais no mês de Janeiro, em que a taxa média de ocupação dos voos baixou 0,5 pontos, para 76,6%.

A informação, que também assinala “mais deterioração no transporte de carga”, indica que o balanço do mês é afectado, além da crise económica, pelo desempenho das rotas europeias, nas quais se fez sentir o impacto do mau tempo que levou ao fecho “vários aeroportos”, por “várias horas ou mesmo dias”.

A contrabalançar estes factores, esteve a descida do preço dos combustíveis, que “teve um impacto positivo na factura de combustíveis”, acrescenta a informação, sem especificar.

O balanço de Janeiro indica que no mês foram transportados 5,222 milhões de passageiros, menos 6,1% ou menos cerca de 340 mil que no mês homólogo de 2008.

Ainda assim, para o exercício começado a 1 de Abril de 2008, e que termina no próximo dia 31 de Março, o grupo indica que nos dez meses já transcorridos apresenta um aumento do número de passageiros transportados em 0,1% ou cerca 90 mil, para 63,339 milhões.

Este crescimento ocorre pelos aumentos em 3,5% ou cerca de 275 mil, para 8,138 milhões, nos voos transatlânticos, em 2,2% ou cerca de 102 mil, para 4,729 milhões, nas ligações de e para Ásia e Pacífico, em 3,8% ou cerca de 170 mil, para 4,621 milhões, nas ligações de e para África e Médio Oriente, e em 1,3% ou cerca de 33 mil, para 2,516 milhões, nas ligações de e para Caraíbas e Oceano Índico.

Já nas rotas europeias, que é o sector de rede com maior número de passageiros, o grupo tem uma queda em 1,1%, o que equivale a menos cerca de 490 mil passageiros, baixando para 43,336 milhões.

Este decréscimo é em grande medida reflexo da quebra ocorrida em Janeiro, que foi de 8,8% ou cerca de 325 mil, para 3,355 milhões de passageiros.

A informação do grupo Air France – KLM indica que essa queda do número de passageiros nos voos intra-europeus no mês de Janeiro se reflectiu num decréscimo em 7,9% do tráfego (em RPK = passageiros x quilómetros), com a qual tem uma queda da taxa de ocupação dos voos em 0,8 pontos, para 59,9%, uma vez que a redução de capacidade (em ASK = lugares x quilómetros) tinha sido em 6,7%.

O sector europeu, porém, não foi excepção quanto à queda da ocupação, uma vez que em todos os outros também foi essa a tendência, com quedas em 0,7 pontos, para 80,3%, no sector Américas, em 0,9 pontos, para 83,6%, no sector Ásia e Pacífico, em 0,4 pontos, para 76,3%, no sector África e Médio Oriente, e em 1,1 pontos, para 83,6%, no sector Caraíbas e Oceano Índico.

A diferença entre a evolução nestes sectores está nos voos transatlânticos e nas ligações de e para África e Médio Oriente, em que as quedas da ocupação ocorrem com aumentos da procura (+1,9% e +0,8%, em RPK, respectivamente), mas insuficientes face aos aumentos de capacidade (+2,8% e +1,4%, em ASK, respectivamente).

Nos sectores Ásia e Pacífico e Caraíbas e Oceano Índico, as quedas de ocupação ocorrem, como nos voos intra-europeus, por quedas da procura superiores às reduções de capacidade: em 3,9% face a 2,8% no sector Ásia e Pacífico e 2,4% face a 1,1% no sector Caraíbas e Oceano Índico.

Em relação ao transporte de carga, o grupo indica uma queda do tráfego (em toneladas x quilómetros em 1,2%, que até é menor do que a queda média desde o início do exercício (1 de Abril de 2008), que está em 5,7%, mas enquanto no primeiro caso essa queda ocorre face a um aumento de capacidade em 10,9%, levando a uma descida da taxa de ocupação em 6,8 pontos, para 55,6%, no acumulado do exercício ocorre face a um aumento médio de capacidade em 0,6% e a queda da taxa de ocupação está em 4,2 pontos, para 63%.

O balanço operacional do grupo Air France – KLM para os dez meses desde 1 de Abril de 2008 indica que o sector África e Médio Oriente é o único em que aumenta a taxa de ocupação, em 0,8 pontos, para 80%, por um crescimento da procura em 3,5% face a um aumento de capacidade em 2,5%.

Nos sectores Américas, Ásia e Pacífico e Caraíbas e Oceano Índico, as quedas de ocupação nos dez meses são, respectivamente, em 0,7 pontos, para 84,8%, em 1,8 pontos, para 84,8%, e em 1,8 pontos, para 80,6%, mas sem quebras da procura, enquanto no sector Europa, a taxa de ocupação baixa 0,7 pontos, para 70,7%, com uma descida da procura em 0,1%.




◄ Share this news!

Bookmark and Share

Advertisement







The Manhattan Reporter

Recently Added

Recently Commented