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Aeroportos criticam imposição pela Ryanair da regra de um só volume de bagagem de mão

Presstur 05-02-2009 (05h40)

Os aeroportos europeus, através da sua associação, a ACI Europe, criticaram ontem a imposição pela Ryanair de uma taxa de 30 euros por volume, sempre que os passageiros levem para a cabina do avião mais do que uma bagagem de mão, alegando que vai penalizar as vendas nas lojas duty free.

Essa regra, diz a ACI (sigla para a designação inglesa, Airports Council International, que reúne 440 operadores de aeroportos em 45 países europeus), penaliza as vendas nas lojas dos aeroportos, que em média representam cerca de metade dos seus proveitos, havendo casos em que chegam aos 70%.

As vendas nas lojas duty free “são essenciais para garantir baixos custos aeroportuários do género dos que a Ryanair beneficia em toda a sua rede”, diz um comunicado da ACI, frisando que os encargos pagos por companhias aéreas e passageiros “não cobrem o custo da infra-estrutura que utilizam”.

O director-geral da ACI Europa, Olivier Jankovec, citado no comunicado, comenta que as companhias aéreas “são livres de estabelecer as suas próprias regras” quanto à utilização da cabina dos aviões, mas que “essas regras não deveriam interferir com a possibilidade dos aeroportos venderem bens duty free aos passageiros antes do embarque”.

“Pretender taxas de aeroportos ainda mais baixas e introduzir taxas que penalizam a sua capacidade de gerar receitas alternativas não é uma posição sustentável”, argumenta Olivier Jankovec, que também defende que as compras no aeroporto fazem parte da “experiência de viajar”.

A Ryanair, que começou por introduzir uma taxa para o embarque de bagagens no porão dos aviões, anunciou a 20 de Janeiro que iria ser inflexível na limitação de que os passageiros apenas podem levar um volume para a cabina, enfatizando a “generosidade” do limite para esse volume, de dez quilogramas por passageiro.

Ao anunciar que se acabavam as excepções a essa regra, a Ryanair, que em 2008 transportou 57,7 milhões de passageiros, invocava o caso de um passageiro que transportava cinco unidades de bagagem de mão.

Aos passageiros que se apresentarem com mais do que um volume de bagagem de mão serão cobrados 30 euros ou libras nas portas de embarque — avisava a Ryanair, que acrescentava que os passageiros podem evitar esse custo fazendo o check-in da bagagem, pelo qual cobra uma taxa, ou reunindo todos os pertences num único volume.

A política da Ryanair em matéria de despacho das bagagens para o porão dos aviões tem um limite de três volumes com o peso máximo conjunto de 15 Kgs.

A low cost cobra dez euros quando o check-in da bagagem é feito no seu site e 20 euros quando é feito pelo call center ou no aeroporto, para o primeiro volume, e 20 euros no site, call center ou aeroporto para volumes adicionais até ao limite dos três.

Para os casos de excesso de peso (acima dos 15 Kgs), a Ryanair cobra 15 euros por quilograma.




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