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Aeroporto de Lisboa em Janeiro; Voos de e para África são os que mais crescem

Brasil subiu a segunda maior origem/destino

Presstur 18-02-2009 (02h35)


Os voos de e para África, com Angola na liderança, foram os que registraram a maior variação absoluta positiva face a 2008 no Aeroporto de Lisboa em Janeiro e o Brasil, pese um crescimento muito ligeiro, por “falta de comparência” dos “pesos pesados” europeus, subiu a segunda maior origem/destino.

O Boletim Mensal de Tráfego do Aeroporto de Lisboa a que o PressTUR teve acesso indica que em voos internacionais Espanha conservou a liderança, com 118.472 passageiros, mas em queda de 13,8% face a Janeiro de 2008, e o Brasil, mercê de um aumento em 0,7%, para 105.852 passageiros, situou-se na segunda posição.

Espanha é tradicionalmente a primeira origem/destino de voos no Aeroporto de Lisboa e o Brasil, estando nas primeiras posições, em Janeiro beneficiará do facto de viver o Verão em Janeiro enquanto na Europa é Inverno.

O facto é que no mês passado Espanha e Brasil foram os únicos países com voos de e para Lisboa que em Janeiro passaram os cem mil passageiros e com uma diferença substancial em relação às origens/destinos.

França ocupou a terceira posição, com 86.806 passageiros, mais 3,5% que em Janeiro de 2008, e depois vêm Alemanha e Reino Unido, com quedas acentuadas, em 13,1%, para 63.076 passageiros, e em 18%, para 62.807.

As quedas a dois dígitos do tráfego em voos de e para Espanha, Alemanha e Reino Unido são indicadores desfavoráveis para a hotelaria de Lisboa, onde, de Janeiro a Novembro de 2008, Espanha era o primeiro mercado em número de dormidas, com 1.051.432, a Alemanha era o segundo, com 532.235, e o Reino Unido era o terceiro, com 506.957, apesar de quebras em 15%, 17,1% e 4,3%, respectivamente.

O mercado francês era, por sua vez, o quarto maior em dormidas na hotelaria de Lisboa (476.372), mantendo de Janeiro a Novembro de 2008 um aumento médio de 2,8%, e o Brasil era o sexto (396.874 pernoitas), com uma subida de 21,5%.

Itália, que era de Janeiro a Novembro de 2008 o quinto mercado em número de dormidas na hotelaria de Lisboa (417.422), com uma queda média de 8,2%, foi a sexta origem/destino de voos no Aeroporto de Lisboa em Janeiro, com 52.473, menos 8,3% que no ano passado.

Os dados da que o PressTUR teve acesso indicam que globalmente os voos com origem/destino nos outros países europeus tiveram uma queda do número de passageiros em 5,9%, para 665.709, com a queda mais acentuada a ocorrer nas ligações com os restantes parceiros da União Europeia, na qual se verifica uma descida de 6%, para 606.455.

A contrariar esta evolução negativa estiveram, em primeiro lugar, as ligações com países africanos, cujos voos transportaram 74.454 passageiros, o que representa um crescimento em 13,1% face a Janeiro de 2008.

Este crescimento reflecte sobretudo o aumento nos voos de e para Angola, que atinge os 20,8%, o que equivale a maior aumento em valor absoluto entre todas as origens/destinos no mês de Janeiro, na ordem de 5,2 mil, para 29.954.

O crescimento do tráfego nos voos de e para Angola, associado aos aumentos em 45,2% ou cerca de 4,3 mil nas ligações com outros países africanos não discriminados, para 13.953, e em 1,8% nas ligações com o Senegal, para 8.640, compensou os decréscimos para Cabo Verde, em 0,4%, para 18.201, e África do Sul, em 20,6%, para 3.706.

As outras rotas que tiveram crescimentos mais acentuados, além de França, cujo crescimento em valor absoluto se aproximou dos três mil, foram a Dinamarca, com +35,9% ou cerca de 1,7 mil, para 6.487, Venezuela, com +15,9% ou cerca de 900, para 6.629, e Irlanda, com +18,4% ou mais cerca de 900, para 5.801.

Depois vêm os crescimentos nos voos de e para a República Checa, com +36,4% ou mais cerca de 760, para 2.858, e o Brasil com mais 0,7% ou mais cerca de 740, para 105.852.

Crescimentos ocorreram ainda nas ligações com a Suécia (+15,9%, para 4.850), Finlândia (+35,7%, para 1.804), Ucrânia (+15,2%, para 2.445), Roménia (+21,6%, para 1.728), Turquia (+25,6%, para 1.397), México (+12,2%, para 1.797), Hungria (+5%, para 2.805) e República Dominicana (+2,8%, para 1.517).

Do lado das rotas em queda, depois de Espanha, Reino Unido, Alemanha e Itália, a mais acentuada (em valor absoluto) foi a que ocorreu nos voos de e para os Estados Unidos, em 24,4% ou cerca de 4,4 mil, para 13.767.

Quedas com impacto significativo no mês de Janeiro ocorreram ainda nas ligações com a Holanda (em 9,6%, para 26.688), Bélgica (em 8,1%, para 23.607), Luxemburgo (em 33,8%, para 3.489) e Noruega (em 24,2%, para 4.752).

O maior contributo para a atenuação da queda de passageiros no Aeroporto de Lisboa em Janeiro foi, no entanto, dos voos domésticos, por aumentos em 10,1% nos voos dentro de Portugal Continental, para 46.350 passageiros, e 3,6% nas ligações com as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, para 95.109, o que dá um aumento médio de 5,6% ou cerca de 7,5 mil passageiros nos voos dentro de Portugal, para 141.459 passageiros.




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