Iberia mostra como pretende voltar em 2011 a atingir os níveis de rentabilidade de 2007
Presstur 29-01-2009 (07h36)
Repor os níveis de rentabilidade do transporte aéreo de passageiros atingidos em 2007, mas agora num ambiente de forte “turbulência”, é o foco de um novo Plano Director divulgado ontem pela Iberia para o período 2009/2011, durante o qual prevê ter um crescimento da procura em 8,9% face a um aumento de capacidade em 6,8%, atingindo uma taxa de ocupação de 81,7% (81,6% em 2007).
O plano mostra como a Iberia antecipa que o mercado da aviação comece a recuperar em 2010, mas que este ano ainda será de queda do número de passageiros nos seus mercados estratégicos.
Para as ligações entre Madrid e as restantes regiões espanholas (41 milhões de passageiros em 2008, face a 44 milhões em 2007), no qual a Iberia com a Air Nostrum tiveram uma quota de mercado de 49% em 2008 (7% para as low costs e 43% para as restantes companhias), depois de 51% em 2007, a Iberia antecipa uma queda este ano do número de passageiros em 2%.
Neste caso, a Iberia diferencia a evolução do mercado doméstico excluindo as ligações entre Madrid e Barcelona, indicando que para o primeiro prevê uma queda de 16,9 milhões de passageiros em 2008 para 16,4 milhões em 2009, mas depois um aumento para os 17,7 milhões em 2011, antecipando ter uma quota de mercado de 50,4% este ano e 50,1% no último ano do plano, idêntica à que atingiu em 2008.
Para o Madrid – Barcelona, o cenário traçado pela Iberia mostra o comboio de alta velocidade a passar de 34% do total de passageiros em 2008 (6,1 milhões), para 51,7% dos 7,1 milhões de passageiros que prevê para este ano e estar nos 56,6% de 7,4 milhões de passageiros em 2011.
A companhia, porém, prevê ter uma perda de quota de mercado inferior à concorrência, baixando de 32,5% em 2008 para 24,7% este ano e em 2011 (o que significa uma queda de 2,2% num mercado que cresce 6,9%), enquanto para a concorrência prevê uma queda de 11,5%, baixando a quota de mercado de 33,5% em 2008 para 23,5% este ano e 18,7% em 2011.
Para as ligações entre Madrid e destinos noutros países europeus (19,9 milhões de passageiros em 2008, depois de 19 milhões em 2007), no qual a Iberia, com Air Nostrum, teve uma quota de mercado de 41% em 2008 (4% para Vueling e Clickair, 19% para low costs e 36% para as restantes companhias), a previsão é que em 2009 entre em queda acima de 1%.
Para o mercado das ligações entre a Europa e a América Latina (15,5 milhões de passageiros em 2008), onde a Iberia reclama a liderança com uma quota de mercado de 20,3% (23,4% no segmento do tráfego business), depois de 21,6% em 2007, a Iberia indica que prevê uma queda do total de passageiros para 15,1 milhões este ano e um aumento em um milhão em 2010 e 2011, no qual será a ganhadora tendo já este ano uma quota de mercado de 21,6% e atingindo os 22,3% em 2011.
Face a este cenário, a Iberia aposta designadamente em optimizar a estrutura e dimensão da rede e indicou, sem especificar que vai “reforçar a sazonalidade” do programa de voos, acentuando as diferenciações entre fins de semana e dias de trabalho”, entre “picos” de Verão e restantes períodos (“aproveitando o pico da procura do período de férias”) e optimizando o equilíbrio entre capacidade no Atlântico Norte e América Latina durante o ano.
Outras linhas de acção avançadas dizem respeito à segmentação do serviço ao cliente, que inclui, designadamente, o lançamento em 2001 de um novo produto business, especialização do revenue management e fazer parte do núcleo duro de uma aliança mundial.
A melhoria da conectividade no hub é outra das apostas estratégicas da Iberia, que indica que no ano passado 53% dos seus passageiros eram de conexão, mais dois pontos que em 2007.
A informação da Iberia indica que em 4,1 milhões de passageiros de longo curso, apenas 30,4% eram tráfego ponto a ponto, no médio curso (8,7 milhões de passageiros) a fatia do ponto a ponto estava em 44,4% e no sector doméstico (12 milhões de passageiros) subia para 55,4%.