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Crise pode favorecer doméstico e internacional?



Fitur está movimentada mas, em alguns corredores, mais largos, é possível perceber a ausência das grandes operadoras e o menor número de expositores

MADRI - No Brasil, a crise está longe de ser sentida como na Europa. E espera-se que continue assim. Uma das boas amostras disso pode ser vista, sentida ou ouvida por quem participa da Fitur, uma das maiores feiras de turismo do mundo. Ainda que o cenário possa não afetar tanto o mercado brasileiro, ou mesmo se reverter em bons negócios para alguns, já que o Brasil, com menos crise, se torna estratégico para diversos destinos emissores, o fato é que na Europa tudo é bem diferente.

Se as grandes operadoras espanholas que boicotaram o evento o fariam mesmo se não estivessem em meio a uma crise internacional, ainda que o preço do estande fosse alto, não se sabe. Especula-se muito, sabe-se pouco. Muitos dizem que, em função do momento difícil, eles teriam resolvido unir uma coisa a outra e protestar. E ainda economizar parte importante do seu budget.

Segundo a motorista do ônibus que me trouxe ao hotel, menos ônibus foram alugados esse ano. De acordo com os jornais locais, há 2.400 empresas a menos inscritas para o evento em 2009 em relação ao ano passado, entre participantes, expositores, fornecedores.

No início da crise, quando pouco se sabia dela, dizia-se no Brasil que ela poderia ser boa para o mercado interno. O brasileiro iria menos para o Exterior. Hoje a cotação do dólar caiu. Operadoras dizem que negociam boas condições para pacotes internacionais na Fitur porque o Brasil é estratégico. Se as coisas continuarem assim, pode ser que toda essa situação acabe favorecendo tanto o nosso exportativo quanto o turismo interno. Será?

Por outros lado, quem talvez sinta mais sejam as empresas de receptivo que atendem, principalmente, aos países desenvolvidos, mais sensíveis à crise, seja no corporativo ou no lazer. Porém, isso, não vai dar para saber ainda nesta Fitur.

O que se sabe é que os destinos e empresas européias estão preocupados, e muito. É certo que, mesmo que se faça bons negócios, a feira esteja muito boa e o estande do cooperado do Brasil muito movimentado, a Fitur está mais vazia, tem corredores mais largos e menos empresas participando.

Ainda assim, consegue ocupar os 12 pavilhões da Feria de Madrid. Imagine sem crise?

O Plantão de Notícias viaja a convite da Fitur com assistência internacional Travel Ace


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