Coréia do Sul amplia exportações de material de defesa
Qua, 07 de Janeiro de 2009 15:09
A Coréia do Sul exportou mais de US$ 1 bilhão em armas e equipamentos de defesa em 2008, o maior volume já vendido pelo país asiático desde 1975, ano em que aconteceram as primeiras exportações de material bélico sul-coreano, informou a DAPA (Administração de Programas de Aquisição para Defesa).
Os US$ 1,03 bilhão alcançados com as exportações em 2008, significou um aumento de 22% com relação ao ano de 2007, cujo montante foi de US$ 844 milhões. Este é o segundo aumento consecutivo desde a criação da DAPA há dois anos.
"Isto é muito significativo visto que o aumento das exportações na área de defesa foi conquistado no meio de uma desaceleração econômica mundial.'' disse um porta-voz da DAPA, em dezembro passado. "Como resultado dos intensos esforços exercidos para promover a industria de defesa da nação, fomos capazes de aumentar o montante exportado pelo país para cerca de US $ 844 milhões em 2007, passando de uma média anual de US $ 250 milhões em anos anteriores e, finalmente, alcançar a meta de US $ 1 bilhão.", acrescentou.
A Coréia do Sul expandiu seu número de parceiros comerciais na área de defesa no ano passado, de 12 para 58 nações, incluindo países africanos e sul-americanos, como Egito e Peru, respectivamente. Entre as negociações em andamento na América do Sul, o destaque fica por conta da proposta sul-coreana de fabricar no Brasil quatro navios destróieres da classe KDX2 de 5200 toneladas ao custo unitário de US$ 420 milhões, acompanhada de uma oferta de corvetas da classe Pohang de 1200 toneladas.
Em 2008, as exportações ganharam impulso graças a um contrato assinado com a Turquia em julho de 2008 para a transferência de tecnologia para o desenvolvimento de um carro de combate avançado para o Exército Turco. O negócio, avaliado em US$ 400 milhões, prevê transferência de tecnologia relacionada com a concepção e desenvolvimento dos blindados K1A1 e K2 Black Panther de projeto sul-coreano.
A Coréia do Sul vai transferir tecnologias-chave em matéria de motorização, transmissão, sistemas de armas e snorkel (o K2 Black Panther pode se deslocar submerso em água até a profundidade de 4,1 metros) para a Turquia, que inicialmente pretende construir cerca de 250 unidades do novo blindado cuja entrada em serviço está prevista para 2015.
Outros grandes contratos obtidos pelos sul-coreanos em 2008 incluem um de US$ 170 milhões assinado com a Korea Aerospace Industries para o fornecimento de estruturas destinadas a fabricação de novas asas para os A-10 Thunderbot II da USAF e um outro para produção de peças sobressalentes para exportação destinadas aos canhões auto-propulsados K-9 dos Estados Unidos,Turquia e outros países.
A Coréia do Sul pretende chegar a US$ 3 bilhões em exportações em 2012, cujas maiores esperanças de venda estão depositadas sobre o novo blindado K2 Black Panther e o avião supersônico de treinamento T-50 Golden Eagle. A DAPA está desenvolvendo esforços para vender o treinador T-50 no exterior.
Entre os clientes em potencial para a aeronave encontram-se os Emirados Árabes Unidos, Cingapura, Estados Unidos e Grécia. Para 2009, o Ministério da Defesa Nacional da Coréia do Sul prometeu todo o apoio aos esforços de exportações de material de defesa como ajuda na revitalização da economia do país asiático diante da crise que ora agita as economias do mundo.
Estabelecendo uma meta de US$ 1,2 bilhão em exportações para o corrente ano, planeja-se uma ampliação de 10 para 60% a participação de empresas privadas nos trabalhos de pesquisas e desenvolvimento focadas para a produção de materiais de defesa.
