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Continental “perde” 2,27 milhões de passageiros embora ganhe tráfego internacional

Presstur 06-01-2009 (15h27)

A Continental, única companhia norte-americana com voos regulares para Lisboa durante todo o ano, terminou o ano de 2008 com uma menos 2,27 milhões de passageiros que em 2007 (-4,5%), embora nas linhas internacionais tenha um crescimento do tráfego em 2,6%.

O balanço operacional da Continental divulgado hoje não especifica o número de passageiros por segmentos, mas os dados indicam que a queda do número de passageiros ocorre nas linhas domésticas.

A informação diz que em 2008 a Continental teve uma queda do tráfego (medido em RPK = passageiros x quilómetros) em 1,8%, enquanto as regionais Continental Express e Continental Connection tiveram um incremento em 0,2%, pelo que o balanço consolidado do grupo é uma queda em 1,6%.

Esta queda, porém, centra-se nas rotas domésticas, em que há uma queda em 5,5%, enquanto o crescimento nas internacionais se dá pelos aumentos nas linhas transatlânticas (+5,6%) e da América Latina (+4,1%), que compensam a queda em 7,8% nas do Pacífico.

Mas tanto no doméstico como no internacional o grupo teve quedas da taxa de ocupação dos voos, no primeiro caso porque a queda do tráfego foi maior que a redução de capacidade (medida em ASK = lugares x quilómetros) e no segundo porque o crescimento foi menor que o aumento de capacidade. No doméstico a ocupação baixou 0,6 pontos, para 83,3%, face a uma redução de capacidade em 4,9%, e no internacional a descida foi de 1,2 pontos, para 78,2%, face a um aumento de capacidade em 4,2%.

A queda da ocupação nos voos internacionais foi provocada pela descida nas linhas transatlânticas, em 2,3 pontos, para 77,1%, e do Pacífico, em 1,8 pontos, para 76%, já que nas ligações com a América Latina até se verificou uma melhoria, em 1,3 pontos, para 81,8%.

Por companhias, a Continental tem uma queda da ocupação em 0,9 pontos, para 80,8%, e nas regionais a descida é de 2,1 pontos, para 76,1%.

A informação para o mês de Dezembro indica um agravamento do panorama, com o número de passageiros do grupo a cair 6,8%, para 5,199 milhões, com quedas de 8,6% na Continental, para 3,787 milhões, e de 1,4% nas regionais, para 1,4 milhões.

Estas quedas levaram a uma redução do tráfego no mês de Dezembro em 6,7%, com quedas de 7,3% na Continental e 2% nas regionais.

A queda mais acentuada voltou a ser no doméstico, em 9,3%, mas também ocorreu no internacional, onde baixa 4,9%, porque à queda nas rotas do Pacífico (-11,7%) se soma uma descida também nas ligações transatlânticas (-5,5%) e o crescimento nos voos da América Latina decresce para 0,4%.

Apesar deste agravamento em Dezembro da retracção da procura, os ajustamentos de capacidade operados pelo grupo permitiram-lhe no mês ter uma melhoria da taxa de ocupação dos voos, em 1,2 pontos, para 79,9%, pela subida de 1,6 pontos na Continental, para 80,4%, que compensa a queda em 1,2 pontos nas regionais, para 76,1%.

O grupo fez em Dezembro reduções de capacidade em 12,1% nos voos domésticos em 5,6% nos internacionais, com descidas de 4,5% nos transatlânticos, 3,6% nos da América Latina e 11,5% nos do Pacífico.

Desta forma, a melhoria da taxa de ocupação deu-se tanto no doméstico (+2,6 pontos, para 84%) como no internacional (+0,5 pontos), para 76,6%, mas neste caso exclusivamente pelo ganho de 3,1 pontos nas linhas da América Latina, para 79,8%, que compensa as quedas em 0,8 pontos nos voos transatlânticos, para 75,5%, e em 0,2 pontos nos do Pacífico, para 74,3%.

Este ganho de ocupação reflecte-se, por sua vez, na estimativa avançada na informação relativamente à evolução em Dezembro da receita unitária (proveitos por lugar x quilómetro colocado no mercado), em que aponta para um aumento entre 3,5% e 4,5% para o grupo com +4% a +5% para a Continental.

Estas variações comparam com +1,2% para o grupo e +2,4% para a Continental no mês de Novembro.


PressTur, Copyright 2004 - Página Um

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