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Tráfego internacional “está a encolher, segundo todos os parâmetros”, avisa a IATA

Presstur 30-12-2008 (15h07)

A aviação comercial registou em Novembro, a nível mundial, reduções da procura em 4,6% no transporte internacional de passageiros e em 13,5% no transporte internacional de carga, informou hoje a IATA, que conta com cerca de 230 companhias associadas, que representam 93% da oferta.

“A queda em 13,5% no transporte internacional de carga é chocante, comentou o director geral da IATA, Giovanni Bisignani, salientando que evidencia “a rápida queda do comércio mundial”, no qual a aviação representa, em valor, 35% dos bens transaccionados a nível mundial.

Bisignani destaca ainda que a queda em Novembro é a maior desde 2001, quando o transporte aéreo sofreu o impacto dos atentados de 11 de Setembro em Nova Iorque e Washington.

O director geral da IATA comentou ainda que a indústria “está a encolher, segundo todos os parâmetros”, ao destacar que a queda do tráfego de passageiros (em RPK = passageiros x quilómetros) em 4,6% excedeu a redução de oferta (em ASK = lugares x quilómetros) por parte das companhias, que foi em 1%, levando a uma queda da taxa de ocupação em três pontos percentuais, para 72,7%.

A IATA salienta ainda como a degradação se tem acentuado, tendo em conta que as quedas da procura nos voos internacionais tinham sido em 1,3% em Outubro e em 2,9% em Setembro, e Bisignani conclui que se podem esperar “perdas grandes” no quarto trimestre.

Os dados publicados pela IATA mostram que só escaparam à tendência de queda em Novembro as companhias baseadas na América Latina e Médio Oriente, que tiveram crescimentos em 3,3% e em 5,6%, respectivamente.

As companhias da Ásia e Pacífico tiveram a maior queda homóloga mensal, em 9,7%, e depois vêm as norte-americanas, com –4,8%, as europeias, com –3,4%, e as africanas, com –1,6%.

Quanto a taxas de ocupação, os dados da IATA indicam que a tendência de queda foi comum a todas as regiões, tanto às que tiveram crescimentos de procura, que foram menores que aumentos de oferta, como às que tiveram queda, mesmo quando tinham feito de reduções de oferta, uma vez que estas foram inferiores à evolução do tráfego.

Apesar das quedas nos últimos três meses (Setembro a Novembro), o balanço de 2008 ainda mostra um crescimento médio do transporte aéreo internacional de passageiros, em 2,2%, e que só as companhias de África e Ásia e Pacífico estão abaixo do período homólogo de 2007, respectivamente em 3,7% e em 0,8%.

As companhias da América Latina lideram o crescimento, com +11,2%, e depois vêm as do Médio Oriente, com +7,1%, da América do Norte, com +3,6%, e da Europa, com +2,2%.

Os dados da IATA indicam que neste período de onze meses se regista uma queda da taxa de ocupação média, para 76%, uma vez que o aumento de procura em 2,2% ocorre face a um incremento de oferta em 3,9%.

As excepções são as companhias africanas, com 70,3%, por que a queda da procura (-3,7%) é menor que a redução da oferta (-4%), e as latino-americanas, com 74,2%, por que o crescimento da procura (+11,2%) é superior ao aumento de capacidade (+9,9%).

Nas restantes regiões ocorrem quedas, para 74% no caso das companhias da Ásia e Pacífico (a procura caiu 0,8% face a um aumento de capacidade em 1,8%), 76,9% nas europeias (crescimento da procura em 2,2% face a aumento de capacidade em 4,3%), 75% nas companhias do Médio Oriente (crescimento da procura em 7,1% face a aumento de capacidade em 8,4%) e 80% nas norte-americanas (crescimento da procura em 3,6% face a aumento de capacidade em 4,7%).

A informação da IATA especifica que a Europa é a região onde o transporte aéreo internacional tem mais peso, com 34,2%, seguindo-se Ásia e Pacífico, com 31,1%, América do Norte, com 18,8%, Médio Oriente, com 9,1%, América Latina, com 4,4% e África, com 2,4%.

Quanto ao transporte internacional de carga, a Ásia e Pacífico é a região onde esta actividade tem mais peso, com 44,6%, e aquela onde em Novembro se verificou a maior queda, em 16,9%.

Depois vem a Europa, com 27,4%, a América do Norte, com 17%, o Médio oriente, com 7,8%, a América latina, com 2,1%, e África, com 1,1%.

As maiores quedas no transporte aéreo de carga em Novembro, depois da Ásia e Pacífico, ocorreram entre as companhias da América Latina, com –15,7%, América do Norte, com –14,4%, e Europa, com –11%.

As companhias de África tiveram um crescimento em 2,2% e as do Médio Oriente tiveram uma queda em 1,6%.


Presstur

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