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Esquadrão VF-1 da Marinha do Brasil volta a operar

(Da Redação, 22 de dezembro de 2008)

Acompanhando as comemorações dos 65 anos do 1º Grupo de Aviação de Caça, na Base Aérea de Santa Cruz, no último dia 18 de dezembro, foi possível constatar que, aos poucos, a Marinha do Brasil vai conseguindo colocar sua aviação de asa fixa novamente em condições. Alinhados nos hangaretes, ao lado dos Northrop F-5EM e Embraer AMX A-1 residentes da base, dois McDonnell Douglas A-4KU (AF-1A na designação da Marinha do Brasil) do esquadrão VF-1, os de matrícula N-1021 e N-1022, permaneciam sob os cuidados dos mecânicos após uma delas retornar de um vôo.

Tendo voltado a voar regularmente em agosto, com apenas uma aeronave, versão biplace, após um longo período sem poder operar por questões diversas (incluindo problemas com a empresa escolhida para recuperar as turbinas), o VF-1 foi obrigado a “se mudar” para a Base Aérea de Santa Cruz (BASC) em outubro, em virtude da necessidade da realização de obras na pista da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), lar dos Falcões, localizada na cidade de mesmo nome, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro. Segundo o comandante da unidade, Comandante Cursino, os militares se revezam entre São Pedro da Aldeia e o Rio de Janeiro, ficando sempre uma parte do efetivo em cada local.

Na BASC eles estão ocupando as instalações do 1º/16º GAv, “Esquadrão Adelphi”, inclusive o hangar, numa demonstração inequívoca da mudança de pensamento que permite hoje um sensível aumento da união entre as Forças Armadas em busca de um objetivo comum.

Contando hoje com uma segunda aeronave, também biplace, além das missões normais de adestramento do esquadrão e da requalificação dos pilotos que ficaram muito tempo sem voar, são realizadas ainda missões de interceptação e reabastecimento em vôo em conjunto com a FAB, com o objetivo de aumentar a interoperabilidade entre essas duas Forças.

Atualmente são oito pilotos no VF-1, grupo que deve aumentar para 12 no início de 2009. O Comandante Cursino pretende ainda contar com pelo menos seis AF-1, a serem colocados prontos para o vôo ao longo de 2009, incluindo o terceiro biplace. Esses números referem-se aos aviões no estado em que eles estão, não contemplando a modernização dessas aeronaves, cujas negociações ainda se encontram em andamento.

A previsão do retorno à BAeNSPA é para o final do mês de fevereiro de 2009, e a expectativa é de que no segundo semestre eles iniciem as operações embarcadas, após a volta do Navio Aeródromo São Paulo ao setor operativo da esquadra.
(Carlos Filipe Operti)

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Revista Asas

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